<$BlogRSDUrl$> Meu humor atual - i*Eu

sexta-feira, dezembro 29, 2006

rápido! 

v.
001. Champagne Supernova - Oasis
002. The Hardest Part - Coldplay
003. Not Now - Blink 182
004. Phantom Planet - California
005. 11 am - Incubus
006. Let Me Go - 3 Doors Down
007. Bong Song - Safri Duo
008. Clarity - John Mayer
009. Can We Still Be Friends - Todd Rundgren
010. Bled White - Elliott Smith
011. Maybe Not - Cat Power
012. Colour Blind - Counting Crows
013. Helena - My Chemical Romance


vi.
001. You Do - Aimee Mann
002. Karma - Alicia Keys
003. Dance - Fall Out Boys
004. You Give Me Something - James Morrison
005. Too Little, Too Late - Jojo
006. HeartBeats - Jose Gonzales
007. Crystall Ball - Keane
008. Everybody's Going to War - Nerina Pallot
009. I Don't Want To Wait - Paula Cole
010. After All This Time - Simon Webbe
011. Neve Be Lonely - The Felling
012. Joga - Bjork
013. Man of The Hour - Pearl Jam

sexta-feira, setembro 15, 2006

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One Last Chance...For One Last Dance.

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quinta-feira, fevereiro 19, 2004

it's the end. 

H? muito que isto deixou de ter import?ncia, se ? que alguma vez teve. As coisas s?o como s?o e nos estamos c?. Mesmo sem saber porqu?, se ? que tem mesmo de haver um porqu?, uma raz?o, um motivo, o que quer que seja. Gostava de me fazer entender, ?s vezes acho que sinto outras, nem tanto. N?o tem import?ncia. Isto n?o, eu tamb?m n?o. Tu sim.

Falo de ti, porque n?o tenho outra hip?tese, sa?da. Falo de ti porque n?o sei falar de mim, sem falar e ti. Porque n?o sei existir sem ti, porque n?o sei o que seria de mim se, de manh? a olhar para o espelho, n?o visse os teus olhos atr?s dos meus. Tu sabes.

A import?ncia ? toda tua, s?rio. Importa que existam mem?rias cruzadas com o futuro. Mem?rias de futuro? A confus?o ? toda minha, n?o te auto-culpabilizes. N?s somos um do outro de outra forma, transcendente. N?s somos tanto um do outro. Por tanta coisa. Pelos teus joelhos esmurrados, quando nos sentavamos no ch?o do p?tio, encostados a parede. E tu choravas as derrotas daqueles jogos de futebol que eu nunca gostei que jogasses. Mas repeitava. Sempre que jogavas l? estava eu, na primeira fila. N?o tinha h?bito de gritar, chamar por ti. FIcava s? ali, a seguir-te. A tor?er por ti de forma interior, transcendente. N?o gostava que jogasses porque achava perigoso, jogavas a chuva, atiravaste para o ch?o, andavas sempre com os joelhos esmurrados, e um dia at? chegaste a partir um bra?o. Lembro-me bem. Quando te vi ca?do em campo, eu que n?o costumava gritar, envadi o terreno de jogo a gritar por ti. Tive tanto medo. Medo de nunca mais te poder abra?ar, por exemplo. A falta que me fazem os teus abra?os. Eras um mi?do de 15 giriss?mos anos. O charme era a tua maior arma.

Deixa-me que te conte, que diga que n?o sei existir sem ti, talvez porque me lembre de ti desde que me lembro de existir. Fal?mos demais para que eu lembre do que fal?mos. Para que eu me possa esquecer de ti. Tantas hist?rias. Tanto. No entanto, h? pormenores que eu n?o posso esquecer, al?m da forma como corrias nos teus jogos de futebol ou os teus joelhos esmurrados, encostados aos meus nos intervalos no p?tio, como a forma como me abra?avas por tr?s, o toque das tuas m?os no meu cabelo despenteado ( na altura em que eu n?o gostava de pentear o cabelo ), ou como me levantavas no ar e depois corrias assim comigo ao mesmo tempo que gritavas que eu te tinha sa?do na lotaria. Era o teu trof?u. N?o consigo deixar de sorrir quando me lembro destas coisas, sabes? Tinha eu 14 anos coloridissimos. Para mim, a vida era as cores.

Tens 21 anos, o mesmo charme , e continuas a ser t?o meu como dantes. Jogas futebol, mas tens mais cuidado, esmurras menos os joelhos. N?o temos p?tio e n?o nos sentamos no ch?o. Tomamos caf? juntos e tu piscas os olhos por tras dos oculos de sol. Aprendeste a ser um cavalheiro e beijas-me sempre a m?o direita. Eu gosto de pentear o cabelo e, se fosse hoje, gritava bem alto nos teus jogos que j? n?o vejo.

sexta-feira, janeiro 23, 2004

Sou de tamanho real. 

"evia ter-te olhado outra vez. Ter rodopiado a cabe?a novamente para encontrar-te, l? atras. Eu quis, juro. Ter feito o meu olhar cruzar o teu, mais uma vez. Ou ent?o correr em direc??o oposta. Abra?ar-te com for?a at? doer. Aproximar-me de ti o mais poss?vel para ser invadida pelo teu perfume que sempre me fez lembrar gelado de baunilha. Oh, se tu soubesses o quanto eu gosto de gelado de baunilha. Abra?ar um gelado de baunilha gigante. Seja l? o que for. Tocar-te s? mais uma vez, uma que fosse. Sussurar-te qualquer coisa. Encher-te de c?cegas. Se eu pudesse, eu juro, eu atava-te a mim com uma corda. Para nunca mais nos separ?rmos, para que ningu?m nos separe. Nunca mais. Porque sempre tivemos a mesmas ideias ao mesmo tempo, sempre rimos os dois das mesmas coisas. E, ao inv?s, o mesmo nos faz desesperar. E nos evitamos. Sempre, at? sempre, at? hoje. E quando me puxas para perto de ti, eu juro meu amor. Tudo o que eu queria era ficar ali para sempre contigo, a olhar-te nos olhos. Os teus olhos doces, amor meu. Quando te sinto perto, quando a tua respira??o segue o mesmo ritmo que o bater do meu cora??o,euqueria dizer tanto. Mas h? os teus olhos, h? o calor dos teus beijos, o calor do teu peito. H? tanto. E tudo o que eu possa alguma vez dizer n?o vale nada. Existes tu, meu gelado de baunilha. Mesmo quando me dizes "amo-te" o mais baixo poss?vel e eu te afasto, eu minto. Queria gritar o meu amor por ti. Rodar a cabe?a e ver-te, juro. Eu quis tanta coisa que acabei sem nada. E os teus beijos. A textura fina da tua pele. E o teu colo, onde eu adormeci tantas vezes. H? as gargalhadas que me lan?aste por todo o lado perdidas. O que eu me ri por ti, contigo. Todas as palha?adas, todas. Quando me encostavas contra a parede eu saia por baixo dos teus bra?os e corrias atras de mim. Se tu soubesses o quanto eu gostava de te ver correr atras de mim. Sentia-me importante, desejada, sabes? E gostava que me agarrasses por tr?s, pela cintura e que ficassemos assim para sempre. Eu segura contra ti, segura em ti. Falta-me a tua seguran?a. Faltas-me. T?o perto e t?o longe. Sempre. E h? todos os outros, a recriminar o nosso amor, sabes meu amor? Tem piada, eu juro. Amarmo-nos em segredo. Culpa minha que n?o te olhei a ultima vez como devia. Agora, s? em segredo. E todas as desculpas s?o boas, eu sei. E quando dizes alto "espera tens uma coisa no cabelo, eu tiro" e dizes baixinho "amo-te", como sempre, como dantes. Ou quando pedes a alguem que te empurre para vires para mais perto de mim e me abra?ares todo zangado porque x ou y te empurraram. Meu eterno amor tonto."



Andresa. Di?rio.23.01.2002

sexta-feira, janeiro 16, 2004

eu fecho os olhos...com força...para te ver e...não chorar 

"a tua ausência é, em cada momento, a tua ausência.
não esqueço que os teus lábios existem longe de mim.
aqui há casas vazias. há cidades desertas. há lugares.

mas eu lembro que o tempo é outra coisa, e tenho
tanta pena de perder um instante dos teus cabelos.

aqui não há palavras. há a tua ausência. há o medo sem os
teus lábios, sem os teus cabelos. fecho os olhos para te ver
e para não chorar."

José Luís Peixoto,in "A Casa,a Escuridão"

sábado, janeiro 10, 2004

Come away with me... 

Apetece-me ver desenhar-se o teu eterno sorriso de menino. Gostava que chegasses aqui agora, me beijasses a mão direita como só tu sabes, e que me levasses a passear para um sítio em que as pessoas não fosse ipocritas e egoistas. Gostava de dançar abraçada a ti a música que toca a uma semana seguida no meu discman vezes sem conta. Para a poder entender na sua plenitude. Talvez porque perto de ti as coisas se revelem na sua maior pureza. Simplesmente porque perto de ti a trizteza e as coisas menos boas se transformam, magicamente, em pó de ouro. E as alegrias crescem exponencialmente. Não me perguntes há quanto tempo descobri isto ou porque nunca to disse. Julgo que tenha sido já há algum tempo, muito até. E, também talvez por isso, chore tanto a falta que me tens feito. A falta que me fazes. A vontade calada que tenho de te ter perto de mim. Para contar todas as coisas: as pequeninas, a que mais ninguém dá importância e os grandes segredos, as grandes conquistas ou os grandes problemas. Tudo. Os sorrisos ao quadrado ou as lágrimas para metade. O teu jeito invulgar de falar e ver o mundo. O céu mais azul quando estás por perto. A noite invariavelmente menos fria quando oiço a tua voz do outro lado da linha.


Quero que venhas agora. Que me digas que estou muito bonita hoje e, de seguida, que sou especialmente bonita todos os dias. Que repares no meu novo corte de cabelo e como me favorece. Que tragas um cd gravado com as minhas músicas favoritas. Que me convides para as ouvirmos juntos. Que me sussures uma coisa bonita, uma qualquer. Todas as coisas que dizes são bonitas. Quero que digas com toda a sinceridade, como só tu sabes, que queres ter uma filha com os meus olhos e o meu jeito particular para fazer os outros felizes. Quero que digas o quão a tua vida é cinzenta quando não estás perto de mim. Que me leves a ver as estrelas. Que me aconchegues para junto de ti e deites a minha cabeça no teu ombro. Para eu acreditar que ainda vale a pena. Tudo isto.

sexta-feira, janeiro 09, 2004

What you feel is what you are...and what you are is beautiful 

Porque desde Setembro do ano passado até agora devo ter crescido ( interiormente, entenda-se) mais de 50 centimetros.....


..... gostava de (te) vos agradece.....





.....o meu (re)nascimento....

domingo, dezembro 28, 2003

somebody tell me... 

Passo em revista o ano que está prestes a acabar. Espreito sem fazer barulho, talvez porque não queira recordar ou talvez porque não quero que os bons momentos se desfaçam, desapareçam. Talvez, ainda não percebi bem. Tento ser o mais descreta possível como gosto aliás de ser em todas as situações da minha vida, em qualquer ano.


Não simpatizo muito com número ímpares, talvez por isso 2003 tenha sido para mim um ano pouco marcante. Ironicamente, gosto de pensar. Não quero fazer balanços para que não aconteça aquilo que, como escrevi atrás, temo. Perfiro pensar que os momentos menos bons acrescentados de uma unidade no algarismo da direita se converterão em momentos melhores e que os que foram agradáveis duplicarão.


Haverá, certamente, momentos que jamais esquecerei. Mas, por agora, só quero recordar os que me deixam cair um doce e nostalgico sorriso nos lábios. A minha viagem de finalistas, é só um dos muitos exemplos dos dias felizes com que 2003 me brindou. Ou a minha entrada para a universidade e para o que curso que pretendia.


Concordo com a ideia de que os planos possam ser coisas úteis. Acredito mesmo que sim. Mas não pretendo, de todo, fazer muitos rascunhos para 2004. Talvez porque não tenha grandes objectivos a curto prazo. Mas só a curto, entenda-se. De resto, é a lengalenga de sempe. Agrada-me viver esta época com aquela agradável sensação de poder começar tudo de novo. Noutro sítio. Com outras pessoas, quem sabe. Nem que tenha a nítida consciência que tudo isso é demasiado utópico e impraticável. E, para ser o mais sincera possível, nem sei mesmo se gostava de poder mudar. Dizem que as pessoas se acomodam as situações e é bem capaz de ser mais uma daquelas verdades que nem estão á espera de ser reveladas. São verdades, só por si mesmas.


(Re)Começar não, está visto. Mas mudar será sempre uma opção bastante válida. Se as coisas não estiverem do nosso agrado, de notar este aspecto fulcral para o problema em causa. Se estiverem, então é melhor que não nos arrisquemos com voos percipitados. Será proibido voltar a repetir a frase " Estou farta da vida que levo e não gosto...". Imperativo não voltar a pronunciá-la.


Vou continuar a sonhar, isso sempre. Acordada e bem alto. Porque, acreditem, nenhum sonho, apesar de ser isso mesmo, é irealisável e eu tenho a prova. Agora só falta continuar a lutar por todos os outros. Os que ficaram fechados nas gavetas e nos armários, os que guardo junto ao peito. Todos. Espero não perder a esperança e continuar sempre a olhar para a frente, como tenho feito até agora. Nunca desistir.


E lembrar-me-ei sempre de uma frase que se me apresenta mágica: " Um dia, tudo vai bater certo, vais ver!". As palavras de vida que alguém me disse um dia em tom de sussuro, para eu guardar junto a mim. E é isso, é isto, que vos digo, que desejo. Nunca deixem que alguém vos mate os sonhos, a esperança ou o que quer que seja que vos mova. E se, por vezes, o sol temer em não vos sorrir pensem com força naquelas palavrinhas mágicas


..."um dia tudo vai bater certo"...








quarta-feira, dezembro 24, 2003





há tantas pessoas que gostava de abraçar hoje. o mundo está calmo. correm como formigas, sacos de papel como migalhas no fim do verão, mas eu vejo-os todos em câmara lenta, devagarinho, os cabelos a esvoaçar, os suspiros e o movimento dos lábios quando bufam de cansaço, os olhares que procuram os miúdos, parados, como que hipnotizados, em frente a uma montra colorida. também me apetece abraçar esses olhos famintos, essa correria doida. se me perguntassem, diria que, se pudesse oferecer alguma coisa a toda a gente, seria uma lareira. gosto de telefonar a desejar bom natal, mais do que de dar prendas. porque é simples, é com tanto gosto, enche-me o peito ouvir as pessoas rir e sentir que a vida não é feita de grandes embrulhos. é este ano, não quando tinha 7 nem 9 nem 11, é este ano que espero com ansiedade a noite de amanhã. e é este ano que não penso nas prendas. quero pegar nos meus primos ao colo, quero olhar para as 40 pessoas sentadas à mesa e sentir-me parte daquele mundo, onde muitos podem não me conhecer bem, mas onde eu encaixo como que por mágica, sentir que sem alguns deles eu não existiria. que é em grande parte por causa deles que eu sou como sou. ficar em pé, quieta, junto ao forno de lenha que ocupa uma parede, e pensar na falta que não me fazes e no amor, sim, amanhã chamar-lhe-ei pela primeira vez amor, que te tenho e que guardarei para ti, e sorrir com a certeza de que não o virás buscar. vou lembrar-me dos meus amigos a rir-se, ver nitidamente cada covinha, ouvir a gargalhada de cada um distintamente, e pensar onde estarão eles agora? juntar as mãos e ser feliz. encher-me de esperança. vou respirar fundo e sentir todo um arrepio correr-me nas veias, só porque inspirei e expirei e estou com tanta vontade de não dizer nada, só ficar assim, a contemplar o mundo que alguém desenhou para mim. vou ver os meus filhos a correr por uma casa assim, com os rostos iluminados pela luz do fogo, ver-lhes as caretas perante as couves, inventar-lhes um nome e um pai. amanhã vou ser feliz. e guardo-vos junto ao cachecol. bom natal.



segunda-feira, dezembro 22, 2003

Estou a olhar para o tecto 

Estou a sorrir. Estou a cantar. Estou a andar. A mexer. A dançar. Estou a observar. Estou a fazer juizos de valor ou sem ele. Estou a jurar. Estou a amar. Estou a matar saudades. Estou a chorar. A gritar. A desesperar. Estou a mandar. A mandar em mim. Estou a ver a vida andar para tras. Estou a ir lá buscá-la. Estou a correr para a apanhar. Vou a torpeçar. Tropecei e acabei por cair. Estou-me a levantar. Estou a ser ajudada, alguém me ajudou. Estou a sorrir novamente. Agora, a rir-me á gargalhada. Estou a chorar de tanto a rir. Divertida, portanto. Feliz, estou a ser feliz. A ajudar os outros a sê-lo. Tento não me apressar, não vá cair novamente. Penso em arriscar. Daqui pouco estou a deitar tudo a perder. Arrisquei, entrei e triunfei. Estou a ganhar. Estou a pensar na sorte que tenho. Tenho a certeza que sou uma pessoa com sorte. Estou a abraçar os meus amigos. Sei que eles é que fazem de mim uma pessoa feliz, uma pessoa de sorte. Estou a recordar, a viver do passado. A disfrutar do presente.


ESTOU A VIVERRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!

(ya, passei-me :P )

sábado, dezembro 20, 2003

one day...i know, i'll fly away 

não gosto que me digam o que fazer. sei sempre o que fazer. não gosto de roupa apertada. gosto de me sentir bonita. gosto de cantar, abrir a boca e escutar o som que sai de dentro de mim. não gosto de dias cizentos. gosto de fotografias e de fotografar. não gosto de me ver nas fotografias. gosto do mar. não gosto quando estou a passear sozinha e alguém me chateia. gosto imenso de livros e de ler. gosto de ler no meio do barulho. não gosto de barulho em excesso. gosto de estar em sítios em que ninguém me conhece. gosto de saltar. gosto de poesia. gosto de chorar, sem motivo. mas mais ainda de rir por milhões de motivos. gosto de estrelas. gosto de ver estrelas nas noites quentes de verão. não gosto de estar longe, de casa, das pessoas que amo. amo demais. sinto-o. gosto que me façam rir. gosto de fazer rir. gosto de abraços. não gosto de não te ver. gosto quando se lembrar de mim, por nada. não gosto que me destruam os sonhos. nem que me tirem a esperança. gosto de sonhar. de noite. de dia. gosto de dançar sozinha. e acompanhada. gosto de dias de inverno cheios de sol. gosto de azul. não gosto de preto. gosto de flores. não gosto de espinhos. gosto da água em contacto com a minha pele. gosto de olhares cúmplices. não gosto que me contrarirem. gosto de fazer caretas ao espelho. gosto do som dos filmes nas salas de cinema. gosto de fazer deslizar os dedos pelo meu piano. gosto de me deitar no chão a ouvir música com o volume máximo. gosto de surpreender. gosto que me deiam atenção. não gosto de estar a falar e ver que a pessoa não está a dar atenção. gosto do cheiro do papel. gosto que gostem de mim. gosto de gostar de ti.

sexta-feira, dezembro 12, 2003

So,tell me,what makes you smile? 

"Por mais que a chuva seja dissolvente, a vida um circo de feras e bem malvada, a manhã seja submersa e as saudades da minha casinha sejam mais que muitas, eu sei que será sempre á minha maneira e terei sempre forças para tornar a dar um mergulho no mar. E para querer saber sempre onde tu estás e fazer o nosso amor brilhar para sempre.

(okay...foi uma alusão a algumas músicas dos Xutos, através de um texto que se prentendia ter o mínimo de sentido) "

Andresa.diário.23 de Abril de 2001


São coisas assim, dias como estes que me fazem sorrir.

Rascunho a caneta II 

A cor. Como eu gosto da cor, de cores. Colorir. Pessoas coloridas. O azul do céu em dias de sol. Dourado. Azul e dourado. O vermelho do teu sangue derramado sobre a brancura do meu peito. A pureza. O rosa do teu sorriso. Tão colorido. Tão lindo aos meus olhos. O reflexo do azul do céu nos teus olhos, ou da minha pele. Tanto faz. E o som? Ai o som que uso para colorir a minha vida. O som que se mistura com o ritmo. Do teu corpo. O som do teu riso. A melodia da minha voz. A harmonia perfeita. United Colors of me. Of us. A tua vida colorida em explosão com o meu céu azul. Tão azul. O teu casaco verde, a música do meu discman. A dança dos meus dedos. O ritmo do teu olhar. O lugar mais comfortavel do mundo: o teu peito quando me abraças. O calor do teu corpo enquanto dizes tudo com um só olhar. "Vai ficar tudo bem". O sentimento perfeito. Amizade. A nossa. Eterna.

sexta-feira, dezembro 05, 2003

é o que chamam lados do coração... 

Amigos...


daqueles que se preocupam connosco e querem sempre saber se estamos bem
daqueles por quem nós temos um carinho especial que nasceu sem sabermos bem como e porquê...
apenas que o sentimos

Estás bem?

daqueles de quem sentimos saudades e convidamos para irem ver o sol a brilhar mais forte lá fora...
daqueles que convidamos ou nos convidam para tomar um café ou almoçar juntos ou ainda ir ver filmes ou ver exposições ou comer goffres quentes

Ouvi dizer que amanhã iamos ao cinema! :P

daqueles com quem estamos quase todos os dias... ou então mesmo não estando, eles sabem o quanto gostamos deles e são importantes para nós
daqueles que vibramos com a felicidade deles.. que apoiamos e ajudamos para que corra tudo bem... e que quando isso não acontece estamos lá para que chorem nos nossos ombros ou nós no deles e mesmo assim nos acham fortes e lindos

Sempre que precisares estou aqui.

daqueles para quem mandamos mails porque não temos outra forma, mais próxima, de comunicar...
daqueles que estão longe e no entanto tão perto de nós pelo carinho que nos demonstram e pela amizade que temos por eles e que nos mandam mails a meio da noite porque não escrevemos nenhuma entry nesse dia

Há já me lembro porque é que tou aqui (a escrever-te) porque hoje não postas-te nada... Fiquei triste... Ohhhh. Nada de posts hoje... Bahhh...

daqueles para quem enviamos cartas e postais cheios de palavras deliciosas que contam o que pensamos ou sentimos ou por vezes onde transcrevemos apenas excertos de textos que tanto nos tocam cá dentro
daqueles que dizem tenho saudades tuas... ou vai mandando mais novidades...

beijinhos e vai dando news...sabe tão bem ouvir isto!

daqueles com quem vamos ver concertos... que dormem na nossa casa e com quem ficamos a conversar e a rir até altas horas da noite e depois ainda nos dizem

Tens um fantasma em casa!! Eu sinto-o...

daqueles com quem vamos acampar e dormir a olhar para as estrelas e que no outro dia nos dizem bom dia com aquela cara que diz

Estou a gostar da tua companhia.

daqueles que nos fazem rir, porque é mesmo assim e o sorriso faz bem à alma e eles sabem disso... e é importante rirmos juntos
daqueles que aturam a nossa mudança de humor no trabalho e no entanto ainda nos tentam fazer rir... brincam connosco... chamam-nos de mau feitio e esperam sempre por nós para tomar café ou para ir lanchar ou para ir embora... mesmo depois de ouvirem as nossas reclamações de mau feito.

Tu tens mau feitio!

daqueles que nos vêem com olhos doces e nos fazem sentir especiais ao escreverem palavras sobre nós que nos deixam totalmente lambuzados
daqueles que nos dizem coisas bonitas e nos mandam imagens bonitas que nos pintam com cores bonitas e nos fazem pensar que a vida é doce... que só pode ser doce para existirem pessoas assim

...tu és um tesouro perdido.

daqueles que nos mandam pelo correio cds gravados com músicas e programas e escrevem nos cds, porno pics e porno video, e junto enviam uma carta que nos faz ir no autocarro a rir sózinhos...
daqueles que passam férias connosco, que por nossa causa começam a adorar crepes com chocolate quente e ainda nos convidam para passarmos a passagem de ano todos juntos

Oh faz favor!!!



É só para dizer que Domingo há jantar na tua casa.

plim...

Gestos simples que nos dizem:
Gosto de te ter por perto.

plim...

disse tanta coisa e ainda sinto que falta tanto para dizer... e no entanto esta folha não chega porque os momentos são muitos e os amigos mais ainda... e eu tenho tanto receio de me esquecer de tanta coisa importante

plim...

estão todos em mim e na minha maneira de ser... e disso eu não esqueço

plim...



domingo, novembro 30, 2003

Rascunho.a.caneta. 

quero-te assim. so para mim. quero-te assim.

quarta-feira, novembro 19, 2003

Agarra-te ao meu peito em chamas 

Começar por amar a impressão de um só corpo. Mais tarde buscar em vários, muitos, um só corpo já das mãos e dos lábios conhecido.
Depois amar por partes, escolhendo, as mais das vezes, a pequena imperfeição onde o prazer se acende. Tudo isto longe, muito longe, do amor.
É que doem tanto as primeiras paixões que se enfurece justamente. O uqe se encontra é outra coisa, talvez melhor, talvez, mas não o que se tinha mais que tudo preferido. Os dedos a perderem-se nos cabelos, por exemplo. Só isso? A paixão tem de doer, é isso que quer dizer. Tudo isto dura muito tempo porque mesmo assim não se desiste facilmente.
E depois, ao perder a âncora, a paixão faz volteio dentro da cabeça. Então vem a saudade que lhe enche o peito e vive só de sombras e fantasmas com insónia. É de uma fidelidade triste, porque sem motivo. Dorme-se menos por se sonhar demais e é tudo.
Por isso se desespera e se procura sem perder mais tempo, porque já se vai atrasado, aquilo que se perdeu naquilo que em volta há. Pode durar muito tempo e nunca se encontrar. Pode apegar, pegar, apanhar, mas não mais apaixonar. Apaixonar é verbo passado, primitivo. Vai-se de corpo em corpo à procura do mesmo e é sempre outro e diferente e dá tonturas e dá trabalho e e causa dor, não nele, imune, mas nos outros que se deixam embaraçar, abrasar, enganar porque talvez também se queiram enganar.
E chega o tempo de perferir a cara deste, e as mãos desta, e o corpo-tronvo daquele ou tudo junto de repente. É o tempo a analisar minuciosamente, partir, despedaçar, ver por dentro, dar a volta sem pretender sequer voltar a reparar. E pode-se ficar por aqui e pode-se até voltar atrás, mas já não da mesma maneira, porque para voltar atrás só vale a pena se for pior. É o vício a descobrir-se na repetição atraente, irrecusável mesmo, com cenas de ódio pelo meio a intervalar. Tudo isto ainda mais longe do amor, se for possível. O amor sempre mete muito medo.
Mais vale aquela pequena imperfeição onde o desejo se acende e arde e leva consigo o tempo em frente. Amanhã o abismo, mas só amanhã. Como recusar o que vem assim sem se saber porquê? Como cansar o que prefere morrer a sossegar? Para quê afastar o que se dá no presente e enche nem que seja no exacto momento em que se está? Não há resposta e é de propósito que não há. É preciso ficar doente para se curar e quanto mais doente melhor e pior ao mesmo tempo. E pode-se ficar assim ou querer voltar ao começo, so que já não o há, é só a pequena superstição a aliviar a alma brevemente de tanta ilusão que só serve para atrapalhar.
Pode-se ficar frio no corpo e quente na cabeça. OU frio na cabeça a trazer o corpo a escaldar. Pode-ser querer mais do que tudo e perder a cabeça ou deitar o corpo pela janela do sétimo andar. Pode-se demais, é esse o problema. E se todos se portam mal já não vale a pena portarmo-nos mal, não será assim? Pode ser.
E pode-se ficar por aqui ou recuar. Mas não é possível recuar, ou então simplesmente acabar de livre vontade ou por imperiosa necessidade por já não se aguentar. É sempre demasiado tarde para acabar. Não vale a pena acabar.
E depois dá-se o milagre. O que pressupõe que tudo o resto fica tal como está, é como é, imperfeito, insuficiente, as mais das vezes repelente. O milagre acontece ou não e é tudo. Nem é natural que aconteça. É por isso que é milagre.
O amor pode chegar. Mas donde vem? Para onde vai? Quando chega vem para quê, o amor? Grande e inútil milagre este sem resposta e é de propósito que não tem resposta.
Há quem não acredite e está bem assim. E há quem só acredite e ainda é melhor assim. Como em tudo é preciso crer para ver. Mas não é preciso, menos ainda obrigatório, é uma graça que só vem se quiser, quando quiser e pelo tempo que quiser e é o melhor de tudo o que possa acontecer.
E o prazer é a recompensa que acompanha o bom trabalho, entre todos o mais difícil, agora perto, muito perto, o trabalho do amor.

domingo, novembro 09, 2003

Loved. 

Eu queria dizer qualquer coisa. Queria mas não consigo, não sou capaz. Só uma palavra. Dizer tudo numa palavra e guardar o resto para mim. De baixo do endredon, no quente da minha cama, juntinho ao meu coração. Mas há algum tempo deixei de acreditar que as palavras pudessem exprimir sentimentos tão...tão puros e bonitos. E, muito menos palavras que possam descrever-vos. Pessoas tão lindas. Tão minhas. E que eu amo muito. Muito. Para sempre.

Obrigada. Pelos beijinhos, pelos abraços, pelos jogos de trivial, de matraquilhos, pelas músicas cantadas a muitas vozes. Pelas corridas atrás uns dos outros. Pela vida que me deram. Pela amizade.


sexta-feira, outubro 31, 2003

dá-me ar. 

Eu já quis mudar o mundo. Desisti, como todos fazem. Mudar as coisas dá muito trabalho, cansa. E cansados já andamos da vida que temos e não gostamos. Cansaço ao quadrado, não. Chega. Eu também já quis mudar o mundo, como tu quiseste. E desististe. Fizeste mal, sabias? O mundo precisa de pessoas como tu, que acreditem que ainda há algo a salvar. Como eu. Que acredito, mas que finjo que não. Sabes?... Não me quero cansar mais. Sou egoísta, como tu és. Nós somos egoístas. Eles também são. Somos todos. E incrédulos, o que é pior. Sim, pior. Só acreditamos naquilo que vemos. E tocamos. Como gostamos de tocar. Tudo. Uma atracção entre nós e tudo aquilo que tocamos. Um íman. E como queremos tocar tudo.Texturas, cores. O céu, eu queria tocar no céu. Chegar lá e senti-lo nos meus dedos, a desfazer-se, não importa. Ver a tua pele desfazer-se entre mim. Devagar, com cuidado. Ser eu a desfazê-la. Até me cansar. Como fiz com o mundo, cansar-me de ti como me cansei de mudar as coisas. De te mudar. Tu és o mundo. Não te canses tu, anda lá. Estou cansada de estares cansado, cansada de estar cansada. Ainda estamos a tempo, anda lá. Vamos mudar o mundo, a ti, a mim. Salta daí, acorda do sono em que dormes a cada segundo sem nada fazer. Estas a morrer e nem sentes, já viste? Tu que sempre soubeste que ias morrer contra um Pinheiro. Não, morres em cada fracção do tempo, e nem sonhas. Quando chegares a esse pinheiro já não és tu, o que foste. Isso, levou-te o tempo com quem nem te quisseste bater. Nem te mexeste. Não te mexes. Ficas aí a ver passar o tempo, ou a ver passar a tua vida, é o mesmo. Não sabias? É o mesmo, sim. Ensinaste-mo tu. Vê bem como são as coisas, acabaste por me ensinar uma coisa que nem tu próprio sabes que sabes. Percebes? Eu sei que há coisas complicadas de se entender, como tu.Tu és uma coisa complicadíssima de entender. Muitos mecânismos ligados e inter-ligados. Muita fome. Muita febre. Muito de ti. És um excesso que me cansa, como o mundo. Mas tu és o mundo, e nem sabes. É por causa do sentido que não está nas coisas, mas em ti. Em cada um de nós. É por isso que quando eu grito vermelho, tu choras azul. É por isso que quando eu quero chegar ao céu, tu te desfazes em peles. Em texturas de outros corpos. Matas-te, devegar. Sem de ti teres pena. É terrível não termos pena de nós mesmos. Isso não sabes, penso. É que se tu não tiveres pena de ti, eu não vou ter. Nunca, acredita. É como o gostar, mas no sentido inverso. Complicado. Complicados são os mecânismos de que és feito. Reacções químicas que fazes explodir a cada toque. Sempre necessitas-te de tocar para acreditar. Enquanto isso, eu balouço nas nuvens. Porque eu acredito, eu penso que acredito. É quase o mesmo, ou mesmo o mesmo. Mesmo sem tocar. Mesmo sem te tocar. A minha mão gelada no teu peito quente. Tão quente. Muitas reacções químicas simultanêas, se é que me entendes. As minhas mãos geladas pelo mundo. Arrefeceram durante o tempo em que demorei a acreditar. Agora já não tenho tempo a perder, como tu não vais ter um dia. Um dia destes, tem cuidado. Abre bem os olhos, e acredita. Não queiras tocar em tudo. Em tudo aquilo que não é teu. Nunca vai ser, por isso não toques. Como eu não toquei no teu peito em brasa. Porque sabia. Sabia que nunca ia ser meu. Que nunca serias meu. Não toques, vê por onde passeias os teus olhos. Por onde deixas as tuas mãos. Elas têm vida, tem atenção. Nem vais dar por isso.


Salta daí, vamos mudar o mundo. Já temos pouco tempo, corre. Junta a tua mão queimada á minha gelada. Ainda chegamos ao céu um dia destes, vais ver. Mas, vem depressa. Não temos tempo a perder, sabes?

segunda-feira, outubro 27, 2003

Does anyone cares? 

Não estou obececada com Coimbra, não estou. Mas, ultimamente tudo o que escrevo aqui se resume a minha nova condição de universitária. Um grande pedido de desculpas a todos aqueles que (me) lêm. Ando uma seca, eu sei. Mas estou a fazer imensos esforços para melhorar. Para não contar as horas, mas sim os dias que faltam para ir para casa. Chega de lamechices....


....Toranja ontem foi assim qualquer coisa de transcendente. Houve uma altura em que estava de boca aberta em frente ao palco. E, quando voltei para casa, antes de adormecer só tinha na cabeça frases soltas das músicas deles como..."Amei-te do lado errado do coração..."; "Também eu queria parar, chorar, cair. Para te levantar, puxar, fazer sorrir..."




Também eu queria parar, chorar, cair. Para te levantar, puxar, fazer sorrir..



Também eu queria parar, chorar, cair. Para te levantar, puxar, fazer sorrir..


Também eu queria parar, chorar, cair. Para te levantar, puxar, fazer sorrir..



Também eu queria parar, chorar, cair. Para te levantar, puxar, fazer sorrir..



Também eu queria parar, chorar, cair. Para te levantar, puxar, fazer sorrir..



( ninguem por ai disposto a cantar assim para mim?...alguém que me abraçasse e disesse docemente "Vai ficar tudo bem..." mesmo sabendo que as coisas não são bem assim. )

É oficial, não sei o que digo, o que escrevo, o que faço. Sou uma péssima companhia. Devia ser permitido bater nas pessoas que se esquecem de nós. Queria tanto dar-te uma sova. Porque eu nunca me esqueço de ninguém!




" Ainda magoas alguém...a mim passou-me ao lado..."



:(

[era so um desabafo escrito em 2 minutos....nem tive tempo de pensar....DESCULPEM! ]

sexta-feira, outubro 24, 2003

Confusion that never stops. 

Apetecia-me escrever qualquer coisa. Alguma coisa através da qual conseguisse transmitir o turbilhão de ideias, sentimentos e medos e ansiedades que aqui vão dentro. Mas por mais voltas que dê parece que não sai nada, que nunca vai sair nada. Devo ter perdido a imaginção ou o que quer que seja que me ligava á escrita.

Estou cansada e perdida. Em mim, ou nos outros. Suponho que seja a mesma coisa ou que, pelo menos, estão interligadas. Continuo com aquela ambígua sensação de, constatemente, não saber onde estou. De não saber em quem confiar ou, até mesmo, com quem falar. Chamar alguém e dizer-lhe uma coisa tão simples como " Anda cá, deixa-me contar-te o meu amor". E, sobretudo, saber que não se iria cansar, nem me iria achar uma perfeita louca. Porque saberia, nas quantidades exactamente indicadas, o material de que sou feita. Que saberia, sempre, que, por mais disparates que disesse, tenho um bom-senso do tamanho de um combóio. Como vocês sabem.

A semana da latada começou hoje e eu virei-lhe as costas. Mesmo sabendo que, hoje, é a vez dos Xutos cantarem para os caloiros. Mesmo sabendo que mal saibas que não fiquei lá para os ver me vais telefonar insistentemente para irmos os dois ver gritar "Quero-te tanto..." como nos bons ( velhos ) tempos em que quando era a vez do "Circo de Feras" tu me abraçavas com força e dizias em tom susurrado "Esta é só para ti, Sininho". E eu acreditava. Era no tempo em que era fácil acreditar. Ou, mesmo sabendo que poderia recordar a noite do meu aniversário em que vocês puseram meio concerto deles a cantar-me os parabéns.

Chorei que nem uma tonta na Serenata, embora ninguém tenha dado por isso. E ainda bem. Ainda bem que não tive de ouvir perguntas desnecessárias. Mas se tu lá estivesses não me importava, juro. Sei que não seria inundada com os teus "porquês" e que não irias dizer para não chorar mais, não. Choravas comigo se fosse preciso. Ou então desatavas aos beijinhos nas minhas bochechas porque achavas que as minhas lágrimas sabiam bem. Era sempre assim.
Porque chorei? Talvez porque me tenha comovido o espírito. Ou a música me tenha tocado. Porque naqueles instantes tudo parecia mágico, não sei. Porque não houve confusões, nem empurrões, e as pessoas estavam mais delicadas que nunca e porque, ao primeiro acorde, todos se calaram para ouvir. Era um género de comunhão dos estudantes de Coimbra e eu também faço parte, embora esta ideia ainda seja confusa. Mas gostei. De notar que fazia um frio insuportável e que se não fosse a capa do Pedro tinha morrido de frio ( :P ).

E domingo é a vez dos Toranja e não devo ir novamente, porque ninguém que ir. Enfim...

Porque, repito queria ter dito, ou melhor, escrito, alguma coisa de jeito mas não consegui. Porque, um dia, não vou aguentar as saudades que tenho de ti, de ti, de ti, de ti, e de ti. E de muitos "ti's" que jamais sairão da minha vida. E porque espero ganhar outros tantos "ti's" lá, para ter saudades deles cá. E parece-me que sim, que já estou a ganhar.

sexta-feira, outubro 17, 2003

Para ti... 

Vencida, libertei-me. Não é um mau começo. Que não se entenda logo é natural, se é só o começo. Vencida, libertei-me. É o meu lema. Ou antes, passou a ser o meu lema quando o encontrei. É roubado, confesso, só não sei a quem. Peço perdão e não oiço ninguém. Fica tudo calado. É estranho como amo toda a gente e não amo ninguém. É sinal de que tenho de aprender tudo desde o começo.
E pergunto-me ás vezes por que é que não haverá uma religião que possa dizer minha. O Rui tem razão. A vida tem-me sido fácil. É que também não se pode escolher. A vida que temos, quero dizer. Não escolhemos as coordenadas onde aparecemos, nem a língua que passa por nós, nem o exemplo dos nossos pais, claro está. E ainda bem porque em geral escolhemos muito mal. O resto, que é só um bocadinho, isso sim. Um bocadinho não é bem, é uma atitude, digamos assim. Uma atitude escolhe-se. É que as coisas são como são, mas nós não. Não sei se me faço entender, nem sequer se tenho razão. É terrível ter-se razão. Mas devo ter.
A primeira coisa que me matou foi saber que também ia morrer. Ensinou-mo o Paulo ao preferir morrer. A segunda foi saber que a vida não é justa nem o pode ser, e o bom e o belo também só se mostram de quando em quando para logo depois desaparecerem. A terceira coisa que me fez morrer trouxe-me de novo aqui. Quando a consciência se apaga, o corpo apodrece e por fim, como poeticamente se diz, a terra acaba por comer todo o corpo, isto significa que, como tudo o resto, somos feitos de nada ou, pelo menos, que o nada é parte essencial do que se é. Mas também não quer dizer mais do que isto.

Vencida, libertei-me, é o meu lema. Ainda não se percebe, pois não? Encontrei-o hoje muito cedo de manhã. Se calhar não é coisa que se entenda. Há coisas assim. Eu, por exemplo, não entendo quase nada do que faço, quero dizer, como faço. Não sei como sei andar, quanto mais. E todas as noites adormeço e todas as manhãs acordo e nisto tem de haver um grande mistério. Mas não daqueles que estão á espera para se revelar. É só mais um mistério que se guarda, nada mais. É estranha a nossa ignorância. É que não é total e assim deita a esperança no sítio onde não vale a pena esperar. No meu caso qualquer esperança é rídicula. Não sei o que é que nos faz continuar a querer ajudar um bocadinho. Se calhar é uma palavra só, que se escreve com duas letras na minha língua e que nem gosto de dizer, quanto mais escrever.
Nós nunca sabemos o que vai acontecer, mas o que acontece não foge ao que esperamos, por mais imprevísivel. Num simples jogo de futebol há disto e é isto que o carrega de sentido. Em hora e meia, muitos, muitos juntos, vêem o que ninguém sabe como vai decorrer, um verdadeiro acontecer. Nem sei por que falo deste jogo popular se uma das coisas que menos entendo nos meus amigos é gostarem de futebol. É por causa do sentido que não está nas coisas mas em nós, se calhar é por isso.
É que hoje estive diante de um homem que morrer, mas não como nós que não sabemos quando. Disse-lhe algumas coisas e ele disse-me algumas coisas. Esteve sempre a sorrer. Dei-lhe dinheiro para dois massos de tabaco porque não tem dinheiro e emprestei-lhe dois livros porque sabe ler. Esteve sete anos na prisão e pediu-me desculpa por me ter mentido uma vez. Se eu fosse ele tinha mentido muito mais. Mas aceitei as desculpas. Os safados é que não têm perdão. São o óleo escorregadio na engrenagem que precisa de girar. Gosto desta imagem.
Queria ir dormir e não anoitece. É o tempo, não se lhe pode mexer, Outra coisa: também não vale a pena falar com quem nos está a enganar. Não se deve, enfim. O que oprime é o mundo, não o que está no mundo, creio eu. E renego tudo o que já disse, quero dizer, afirmo-o. A minha mãe faz bolos enqunto escrevo isto. É que há pessoas que te ajudam a viver e outras que ajudam a morrer.

A vida é hostil logo pela manhã. Que horas são? Onde estarei? A vida é boa e má e tudo. Queria escrever uma coisa e escrevi outra. É o melhor que me pode acontecer.


[ Não é nada de especial, muito pelo contrário. Nem me atrevo a reler. Deve carecer gravamente de sentido. Era só uma tentativa para te sentires melhor, para que saibas que também me sinto assim, demasiadas vezes. ]

quinta-feira, outubro 16, 2003

quando criei asas, voei. 

Porque nos desentendemos demasiadas vezes. Porque olhámos pelo canto do olho mais do que deviamos. Porque nos evitámos sempre. Sabe-se lá. Porque um dia me distraí e quando olhei para a minha mão tinha um coração feito por ti a caneta azul.
Porque te amei no primeiro minuto e em todos os outros a seguir. Porque o meu filho vai ter o teu nome. Porque quando sei que chegou a hora fico com um nó na garganta. Porque, sem ti, metade disto não faria sentido.

sábado, outubro 11, 2003

Our house. 

Estamos naquela altura do ano em que um dia faz sol e, no outro imediatamente a seguir, chove. Não que isto seja muito mau. É so mais um factor de inconstancia, embora nem eu saiba o que quero verdadeiramente dizer com isto.

Um dia estou em Coimbra, outro em Castelo Branco, é mais ou menos como o tempo. Hoje conheço toda a gente, estou com aquelas pessoas que agora podemos gritar e dizer "essas calças ficam-te mesmo mal" e no momento a seguir dar-lhes um abraço do tamanho da nossa incerteza. Amanhã avanço devagar e penso uma, duas, três vezes antes de dizer o que quer que seja.

Um dia vai fazer sol para sempre.

Coimbra vista de cima é encantadora. Castelo Branco tem o melhor sítio do mundo para se ver as estrelas e as pessoas mais doces da vida, da minha vida.

A professora de matemática teórica chama-nos pela cor da camisola e no outro dia apontou para mim e identificou-me como a "menina primavera". Apeteceu-me gritar para o auditíorio inteiro ouvir que, aqui dentro, faz frio e é Inverno.

Aprendi mais nestas duas semanas sobre as pessoas, o que ainda as move, o que as preocupa e quanto "isto" custa a todos, do que nunca. E a engolir o choro, a sorrir quando nada parece fazer sentido. Para, no segundo a seguir, sentir alguém do outro lado da linha e perceber que até faz sentido, nem que seja pouco.

Adoro viajar por Coimbra nos autocarros, ouvem-se sempre conversas super interessantes. E de ouvir as declarações que os caloiros de Mecânica me fazem, sempre tão apropósito. E de ficar de boca aberta ao ouvir o comentário sobre o meu sorriso feito pelo meu colega da frente na aula de Economia. "Miriam é com y ?"

Devia ser proibido haver pessoas com os olhos tão bonitos.

Um dia tudo isto vai bater certo. Acordo a meio da noite e não sei onde estou. A minha vizinha do lado é da Madeira e vai a casa 3 vezes por ano. É nestas alturas que eu me acho uma sortuda. Nessas e nas outras todas, tanto faz.

Já me matava.

sábado, outubro 04, 2003

but he doesn't see... 

Como gosto de ver o sol de Outono entrar pela janela mal fechada...


quarta-feira, outubro 01, 2003

does anyone cares?! 

Estou em Coimbra há três dias e tudo é tão novo e estranho que nada do que eu diga agora conseguirá transmitir o que sinto, até porque nem eu mesma sei. Em pouco mais de dois dias conheci tanta gente, tantos sitios e tantas situações novas que nem me lembro de todas.

A recepção ao caloiro foi gira (qb), deu para conheçer kilos (!) de colegas caloiros, doutores, veteranos. Entrei com pé direito nas praxes e arranjei uma madrinha espectacular.

Coimbra é uma cidade extremamento simpática e as pessoas que, ou cá nasceram, ou cá vivem ainda são mais.

Não estou nem especialmente contente, nem especialmente triste por aqui estar. Estou com um espírito "conformista". Já tenho saudades de casa, dos pais e dos amigos. Imensas saudades.

Enfim...

it's not easy when you start...

sexta-feira, setembro 26, 2003

É oficial... 

Já sou caloirda da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, ao fim de 5 horas de matrícula.


( e ainda não sei se isso é bom ou mau...)

domingo, setembro 21, 2003

muitas palavras, pouco conteúdo ( they say...) 

ás vezes só queria fugir mas nunca encontro a porta de saída. ás vezes só me apetece chorar mas, só depois, me apercebo que as minhas lágrimas já secaram. ás vezes só gostava de conseguir sorrir mas depressa me apercebo que só tenho boca para dizer disparates. ás vezes só queria cantar mas até as cordas vocais se calaram. ás vezes tenho saudades mas nem sei de quem ou de quem. ás vezes tenho falta de algo que nunca consigo descobrir o quê. ás vezes só queria forças para gritar mas apercebo-me que já as gastei todas. ás vezes queria chegar ao pé das pessoas e dizer-lhes o que me passa pela cabeça naquele momento mas acabo por me arrepender sempre. ás vezes quero desistir mas nem tenho de quê. ás vezes queria, por tudo, esquecer 'aquele' sorriso de baunilha mas onde quer que vá ele está lá. outras, só queria que 'esse' sorriso me inundasse. ás vezes apetece-me dançar mas depois, por falta de par, desisto da ideia. ás vezes acredito em estrelas. outras, não sei em que acreditar. ás vezes, quero continuar mas só sei andar para trás. ás vezes sou assim. outras, assado.

sábado, setembro 20, 2003




Essa tua mania de andar a por ai a partir corações como quem parte baralhos de cartas...

( sim, está tudo ligado... )

segunda-feira, setembro 15, 2003



Estou á tua espera num sítio onde as palavras já não magoam, não ferem, não sobram nem faltam. Esse sítio existe.

domingo, setembro 14, 2003

e tudo fica mais lindo por causa do amor... 

Tentou uma vez e depois várias e depois já não conseguia deixar de tentar. Por mais que tentasse não conseguia. Não valia a pena tentar. Ele sabia que não conseguia.
Tentava, sabendo de antemão que não conseguia. Sabia que se enganava na tentativa, que não havia maneira de conseguir chegar lá. Voltava e repetia, recomeçava sabendo que tinha de voltar atrás. Ele sabia que não havia maneira de chegar lá.
Não nos foi dado conseguir chegar lá, dizia, e não entendia. Deram-nos só a tentativa, a absurda tentativa de chegar lá, protestava, sabendo que ninguém iria concordar. Quase feitos para chegar lá, repetia, mas sem nunca poder chegar lá. Feitos para recomeçar, não para acabar. Feitos para voltar atrás, mas não ao mesmo começo. Feitos para procurar o que não se pode encontrar por não se saber sequer o que se procura, e não poder perguntar porque nem a pergunta se saber perguntar.
A vida é o que é, e nós somos quase nada. Ou então somos nós que somos tudo e a vida que temos muito pouco sempre a passar. Ou então o que nós somos é esse quase chegar lá sem conseguir chegar lá e voltar atrás e recomeçar sempre por outro começo, pensava ele, cada dia de uma maneira diferente para não cansar.
Quando olhas para uma cara podes ver o sorriso nascer-lhe na boca. Mas também podes ver os ossos do crânio onde se fixam os músculos da cara. Não é um bom exemplo, ele sabia, só que não conseguia melhor. O que tu vês é uma tentativa sem chegares a ver o que está lá. Se fechares os olhos é melhor. Se fechares os olhos, então ficas mais perto, um bocadinho mais perto de chegar lá, aconselhava o homem que não conseguia.
Se conseguisses era para descobrires que não havia nada para descobrires; se chegasses lá vias logo que não era ali que querias chegar; se chegasses lá não conseguias voltar atrás, ficavas lá, onde não querias ficar. Era mesmo o pior que te podia acontecer, sabendo que não conseguia dizer exactamente o que queria.
Uma explicação também é uma tentativa para chegar lá, mais conseguida ou menos conseguida, mas que não consegue chegar lá. Porque há diferençaas de alcance, não convém ignorar. E há até coisas só para entreter, coisas preciosas, porque é preciso tentar esquecer, embora não se consiga. Sem esquecer que lá por haver muitas maneiras de viajar, não as há boas e más. Num teatro, por exemplo, há bons lugares. É fácil de ver, são os que se esgotam primeiro. Mas o que há é muita diferença entre saber que não se consegue chegar lá. Mas não se consegue deixar de saber, insistia o homem que não conseguia. Nem dizer o que se quer dizer quando se diz que não se consegur chegar lá. Mas deve-se tentar.
Só quando adormecia, mas assim não vale. Quem dorme não é quem está acordado, nem somos nós sequer que adormecemos, dizia, sem conseguir que o entendessem.
Afinal não era nada em especial, nada que tivesse um nome e se pudesse chamar, nem uma coisa qualquer que faltasse ou então que estivesse a mais. É que não se sabe o que é isso que não se consegue, sabe-se só que não se consegue chegar lá, por muito que se tente, e é imperioso continuar, como se fosse a um lugar, como se fosse a outro sítio e não ao mesmo que não se pode deixar.
Ninguém consegue chegar lá. Mas tu deves de quando em quando descansar, e sorria só de pensar. Tem confiança nos teus pés que sabem andar e não os foi preciso ensinar. Não é preciso chegar lá. As coisas são como são e nós estámos cá.

quinta-feira, setembro 11, 2003

I don't feel alright... 

I don't feel alright...

...please, comfort me.

Sim, é a mais pura das verdades, não me consigo sentir bem com o que quer que seja. Porque me antecipo no meu sofrimento, será? De tempos a tempos, e de mansinho, esta "dor de pensar" apodera-se de mim e rói-me por dentro. Como se fosse uma bactéria que se instalasse dentro de mim e começasse a destruir tudo. Aquilo que eu ainda não destruí ou que não deixei que destruíssem.

Confesso, que há umas semanas atrás, me pareceu ter recuperado a minha auto-estimo e auto-confiança mas, reconheço agora, que tudo não passou de uma coisa passageira. Fiquei nas nuvens como uma coisa que, agora vendo o tempo passar a velocidade da luz e vendo o dia "D" aproximar-se, me parece uma verdadeira ofensa a toda a minha estabilidade.

E não, não me conformo com o facto de ter de passar os próximos quatro anos da minha vida ( no mínimo) longe das pessoas que mais amo e sem as quais, sinto, não seria nem metade daquilo que sou. Antes de o sono chegar, dou voltas na cama e imagino, espreito só devagar com medo que o cenário ser arrepiante, para o meu futuro a curto prazo e quase sempre acabo com uma insónia do tamanho dos meus medos e das minhas incertezas e com a lágrima no canto do olho.

Nós últimos tempos a minha cabeça anda povoada com um fantasma chamado "Universidade" e nada parece fazer com que esse espectro desapareça. Nada mesmo. Nem depois de eu ter grito infinitas vezes a mim mesma que "é para meu bem..." ou "isto é um dos passos importantes da minha vida que me vai fazer crescer e ser alguém..." ou "imensa gente ja passou pelo mesmo e recomeda a experiência". Nada. Apetece-me tanto desistir de tudo, acho tão improvável ser-se feliz longe daquilo e de quem mais amamos.

É tudo tão estranho e esquisito. Quem me dera poder ter um botãozinho incorporado que fizesse tudo andar para a frente. Subitamente. Estou farta de tantos problemas juntos, tantos "se's" a povoar a minha cabeça. Farta!


Queria tanto estar enganada acerca disto tudo. Tanto.

( acho que só disse disparates. )

domingo, agosto 31, 2003

Você, de quem a vida eu sou...um beijo bom de sol 

O Verão teme em acabar e nem isso parece poder apagar a calma que nos invade. Falo de nós, sim, porque hoje já não sei falar no singular. A vida é para ser vivida em equipa, graçejamos.

Ao contrário daquilo que tinha previsto, as férias não foram nem um pouco aborrecidas. O tempo esteve melhor que nunca e os banhos de mar foram os mais longos de sempre. Continuo a acreditar que o mar, a praia me completa e me deixa mais solta, mais eu. Se pudesse, mudava a minha vida para o Algarve. Cada vez mais gosto de acordar com uma agradável brisa marítima. De ficar numa esplanada a ver passar os turistas e de poder ficar a olhar o mar por muitas horas.

Tenho saudades de juntar todos os meus amigos para um jantar e a ideia de que daqui a um mês isso se irá tornar cada vez mais dificil faz-me engolir em seco. Quando for grande compro uma casa na praia e convido os meus amigos para passarem comigo o Verão. Vamos ser tão felizes, sei-o.

Se já acreditava em milagres apenas porque sentia, cá dentro, que poderiam existir, hoje acredito com toda a certeza e força. Porque, podem crer, existem mesmo.

Ando tão estupidamente feliz que a dureza das palavras transmitidas através de um teclado para um frio monitor jamais poderiam descrever. Prefiro os sorrisos cumplices e os abraços quentes e recomfortantes daqueles que, sei, me hão-de apoiar e amar independetemente de tudo o resto. E repito, apenas isso hoje me faz acreditar que o futuro se avista risonho. Ás vezes, acreditem, fico desiludida comigo própria por não encontar forma ou maneira de agradecer, tudo o que tenho e sou. Por ver os meus sonhos realizados e, especialmente, por ter á minha volta as pessoas maravilhosas que tenho e contibuiram decisivamente para quem e o que sou hoje.

Quando vamos ver as estrelas brilhar por cima de nós e apadrinhar a nossa felicidade?

sexta-feira, agosto 29, 2003

mil voltas e voltas que dei... 

Sempre me disseste que havia sentimentos impossiveis de exprimir. Pior se fosse por palavras, as palavras são pedras feitas muros. As pessoas estão fartas de palavras. De facto, hoje sei que há estados e sentimentos que não conseguirei exprimir em toda a sua profundidade e significado através da escrita. Sorrio. Hoje apenas sei sorrir, sonhar e cantar. Tenho o coração tão cheio que as vezes tenho medo que não me caiba no peito.

Tenho saudades dos tempos em que iamos ver as estrelas. Dos dias em que tinhamos o mundo nas nossas mãos e apenas isso nos bastava. Para acreditar. E hoje voltei a acreditar. No mundo. Nos sonhos. Em ti, em tudo.

Foi optimo rever as minhas amigas, um mês sem estar com elas cria sempre um vazio enorme. Fomos companheiras, irmãs, lágrimas e, sobretudo, imensos momentos fantásticos.

Apetece-me ir dançar, muito.

quinta-feira, julho 31, 2003

é que hoje acordei e lembrei-me que sou mago, feitiçeiro... 

O Verão está no seu auge, as temperaturas rodam os 40 graus. As piscinas apresentam-se-nos como a salvação. Do Verão, das temperaturas e, sobretudo, do que nos rói por dentro. Algo que vai rodendo e remoendo e que se nos perguntassem objectivamente do que se trata de certo encolheriamos os ombros e nos resignariamos a nossa tão evidente melancolia. Somos trapézios sem rede. Sorrisos imaculados. Lágrimas carregadas de esperança. Mas somos, sabes? Há coisas essenciais. Não sei por onde andas, o que é feito de ti. Mas sinto a tua falta, o meu coração não pará de anunciar a tua ausencia.

terça-feira, julho 29, 2003

me, myself and i 

1-Nome – Andresa Miriam da Costa Vicente Barroso
2- Data de Nascimento - 16/04/85
3- Onde nasceste? – Castelo Branco
4- Olhos – castanhos muito escuros/pretos
5- Altura – 1.68 (i guess...)
6- Cabelo – castanho claro
7- Irmãos – 0
8- Alcunha – “Desinhinha”; Dé; Andresinha ( mas é raro me tratarem por estas alcunhas)
9- Namoras – de momento, não
10- (Relativa à 9) Rapaz ou Rapariga? ...
11- Animais de Estimação – uma tartaruga
12- Animal preferido – cachorrinhos, peixinhos
13- Uma frase – há tantas que gosto...mas pode ser esta: “Perdoai-lhes meu Deus porque eles sabiam o que faziam” ou “ As desculpas não se pedem, evitam-se” and
“Os outros fazem o que querem das tuas palavras, enquanto os teus silêncios os elouquecem!” ----
4- Uma banda Xutos & Pontapés,.........
15- Um cantor – Sting
16- Uma cantora – Aimee Mann
17- Uma pessoa – tu!
18- Um sentimento – amizade
19- Um filme – “A vida é bela”
20- Um actor - Richard Gere
21- Uma actriz – Julia Roberts
22- Uma arma – um sorriso pode ser a mais eficaz de todas as armas
23- Um lugar – praia da Galé
24- Um clube – Benficaaaaaaa!
25- Uma musica – impossível dizer só uma...
26- Um nome feminino – Andresa :D
27- Um nome masculino – Miguel
28- O nome da pessoa especial – la la laaaaaaaaaa
29- Um verbo – viver
30- Um veneno – o amor
31- Um gelado – epá; corneto de morango
32- Um gesto – símbolo da paz
33- Um nº - 12
34- Uma posiçao – agora isso :D
35- objecto – um livro
36- Um talismã – as minhas estrelas
37- Um doce – serradura
38- Uma peça de roupa – uma t-shirt, um pólo...
39- Um calçado – desde que sejam confortáveis....
40- Uma mobilia – sofá
41- Uma divisao da casa – quarto/sala
42- Uma bebida – água!água!
43- Uma comida – depende...
44- Uma letra? a
45- Um ídolo – o meu pai
46- Uma hora – 18:30
47- Um barulho – o barulho do bater das ondas
48- Uma pergunta – casavas comigo?lolol
49- Uma resposta – pois...
50- Uma afirmação – “eu sou mesmo assim...”
51- Uma disciplina – filosofia!
52- Uma pessoa que te faça rir – ramonaaaaaa!
53- Uma pessoa que te faça chorar a rir – o meu gay favorito :D
54- Uma pessoa que te faça chorar – normalmente as pessoas que mais nos querem bem são as que mais nos fazem chorar..por isso...
55- Uma pessoa feliz – nós?
56- Uma pessoa triste – nós também!
57- Um perfume – DKNY; kRAVE de Kalvin Klein
58- Uma Jóia – um amigo?
59- Um sonho – ser REALMENTE feliz
60 - Um desejo – ser mãe
61- Uma cidade – Coimbra! Castelo Brancooo
62- Um país – Portugal, claro!
63- Uma fruta – ananás
64- Um jornal – “Expresso”
65- Uma posiçao sexual – ai maeeeeeeeee
66- Uma série – “Friends”
67- Uma novela – “Mulheres apaixpnadas”
68- Um reclame – os da olá e da ice tea
69- Torta/Pastel de Nata – pastel de nata
70- Rapaz/Rapariga – p que? Mas rapaz, claro!
71- Música/Carros - música
72- Amor/Paixão – love, sweet love! :D
73- Gelado/Chocolate – gelado
74- Beijo/Caricia – bjinho bjinho :)
75- Carteira/Bolso – bolso
76- Cinicas/Venenosas – nem umas, nem outras
77- Simpáticas/Românticas – ambos
78- Queijo Fresco/Queijo de Ovelha – de ovelha
79- Pizza/Feijoada – pizza!
80- Fogo/Água – água
81- Café/Chá – Chá
82- Cerveja/Vinho – nenhum
83- Champanhe/Vodka – idem
84- Tv/Cinema – Cinema
85- Praia/Montanha – praia
86- Inverno/Verão – verao
87- Outono/Primavera – primavera
88- Sair/Ficar em casa – sair
89- Amar/Ser amado – as duas coisas. Como alguém diria “os sentimentos são recíprocos, têm de ser recíprocos!” :DD
90- Preto/Branco – branco
91- Sexo no chão/cama – já tá a perder a piada :|
92- Piscina/Praia – praia
93- Manteiga/Requeijão - manteiga
94- Choraste ao pé de amigos – sim
95- Gritaste no meio da rua – SIMMMMMMMMMMMMMMM! ( LOL)
96- Saiste sem boxers/cuecas – não
97- Ficaste sem te lavar durante uma semana – não!
98- Andaste de avião – sim
99- Apareceste na Tv – sim
100- Tiveste negativas na escola – não!
101- Pusestes pedras na linha do comboio – atirei p lá umas
102- Já te apaixonaste por um parente – nao
103- Escreveste para alguém famoso – não
104- Caiste em frente de todos – cai..
105- Caiste de uma árvore – nunca subi a nenhuma
106- Andaste de ambulância – não
107- Já Te sentiste estúpido/a – já
108- " " " a mais – sometimes
109- Esquiaste – sim
110- Viste neve – sim
111 - Fizeste sexo oral – não
( nas ultimas 24 horas )
112- Beijaste Alguem? sim
113- Fizeste amor? não
114- Jogaste Futebol? não
115- Ouviste musica? sim
116- Dormiste fora de casa? não
117- Bebeste vodka? não
118- Tiveste com a pessoa que amas? não
119- Tiveste com amigos? sim
120- Deste um pontapé numa bola de basquete?não
121- Foste ao cinema? não
122- Foste ao teatro? não
123- Foste a um café? sim
124- Foste às compras? não
125- Foste às aulas? não
126- Comeste chocolate? sim
127- Tiveste um pesadelo? sim
128- Pediste um desejo? sim
(Acreditas em...)
129- Et? Quando vir, talvez passe a acreditar.
130- Monstro das Bolachas? não
131- Felicidade? sim
132- Putas? buuu
133- Nos amigos? sim
134- Monstro debaixo da cama? não
135- Adão e Eva? Como eu e tu?oh hey!
136- Deus? sim
137- Big Bang? sim
138- Orgasmos de 3 horas? What the fuck?!
139- Bruxos? isso é complicado
140- Amor à 1ª Vista? Não!
141- Verdadeiro Amor? sim
142- Na guerra do Iraque? Oh hey!
143- Dinossauros? sim
(Agora...)
144- Tás apaixonado(a)? sim
145- Estás vestido(a)? meio nua, yeah baby :b
146- Tás no mirc? sim
147- Tás a pensar na pessoa especial? nao
148 - Tás a pensar em abandonar o pc? sim
149- Como está o tempo? calor
150- Tás a ouvir música? sim
151- Estás sozinho(a)? sim
152- Tás comer algo? não
158- Que horas são? 13:52
159- Comentário: no coments!



terça-feira, julho 22, 2003

Nos teus braços morreríamos.  

1.
Imagina tu como as coisas são. São como não podiam ser de outra maneira. Estavas em casa quando cheguei. O teu carro estacionado como de costume, escondido entre os outros. A minha viagem de elevador foi o tempo suficiente para desceres pelo outro. Tudo tão perto e tão longe. Sim, amor, imagina tu. Quando fui á janela ainda te vi no fundo da rua a virar á direita. Sentei-me no sofá e não tive coragem de ligar a televisão. Fiquei a olhar para as sombras nas paredes e a lembrar-me de ti de uma forma que misturava raiva e desejo em quantidades instáveis.

2.
Queria dizer-te uma coisa que nunca te disse. Mas nunca vem a próposito. Quando ficas em silênciao muito tempo apetece-me quebrá-lo e dizer-te assim sem mais. Mas então sou eu que tenho medo. De não conseguir dizer senão outra coisa, se bem que próxima, e te conduza inevitavelmente ao engano. Então digo-te uma coisa qualquer para avaliar o teu estado de espírito e chego a conclusão que ainda não é tempo. Por vezes creio que já te disse sem querer, por outras palavras. Tu não ouviste ou não quiseste ouvir ou não achaste necessário prestar atenção, esforçares-te a responder. Quando for preciso vai ser tarde demais. Sim, é isso, se calhar é isso. É uma coisa para te dizer depois, quando já não estiveres aqui ao meu lado para a ouvires. Uma coisa do tipo: quando me quiseres eu já não vou estar aqui para te querer.

3.
De repente o vazio. No momento preciso em que não se estava à espera. O vazio. Sabes como é, claro. Quando se perde a direcção e so sentido e o tempo é uma muralha levantada à nossa frente. O tempo, por vezes, até parece que somos nós que o fazemos, que somos nós que o temos de fazer. Olha, como um tecido que agora pegou fogo.


4.
Há coisas que só convém dizer depois de tu morreres. E tu nunca mais morres. É natural. A quem as vou contar depois de tu morreres logo se verá depois de tu morreres. Primeiro tens de morrer. As coisas têm uma ordem natural de acontecer, se não estiver tudo errado o que nos ensinaram. A quem as vou contar é comigo e depois, só depois, com quem as tiver sabido. Agora são segredos. Eu já estiver várias vezes certa de que tu ias morrer e depois não morreste nada. Pareces mais vivo que eu - estranha comparação. O que eu tenho a dizer pode esperar, se bem que se fores tu a matar-me então não, então é bem melhor que dê cabo de ti primeiro. Mas continuo a desejar muito a tua morte pelas razões que só se tornarão óbvias depois de eu dizer o que tenho a dizer.


5.
Fecho os olhos e vejo-te. Vens a mim quando te não quero. Há coisas que não se devem querer. Tu és uma delas, doce veneno.
Agora já não há segredos. Corremos sem saber se vamos a tempo de saltar. Se queremos.
Nesta existência percipitada, imprevisível. De noite. Pequenos nadas.

Nos teus braços morreríamos.  


segunda-feira, julho 14, 2003

Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida 

...die...

quarta-feira, julho 09, 2003

ai de mim que sou romantica!  

O sofrimento pode ter sentido, transforma-nos por dentro. É preciso ter paciência. Porque o tempo parece nunca mais acabar e somos projectados para um ponto muito longe do convívio entre os humanos. Faz parte do sofrimento deturpar as coisas, vê-las através de lentes tão fortes que facilmente entontecemos, nos desiquilibramos, caímos. Temos medo de tudo, de nós mesmos. A simples superfície das coisas nos agride. Somos assaltados por demónios que nos roem a alma. É um tormento em que nos atormentamos. É preciso ter paciência e o mais das vezes não a temos. A violência da vida bate-nos em cheio. Procuramos abrigos e todos cedem e nenhum é suficiente. Recordamos a paz que perdemos como o bem mais precioso, ignoramos o caminho que nos traga de volta a nós próprios. Falta-nos a coragem, mas para ela nem encontramos motivo. O mundo todo é um mal-entendido que aguardamos que se resolva ou estoire e equanto nada acontece sofremos. Agarramo-nos a coisas que nos escapam entre os dedos. Só a morte está por todo o lado desperta, cerca-nos, olha-nos com os olhos muito abertos, mete medo. Fechamos os olhos, mordemos os lábios, fugimos para debaixo da cama e não há meneira. O amor é uma coisa tão distante, tão impossível. Vivemos, momento a momento, uma solidão que nos aperta a garganta, faz de nós o que quer. Uma música, uma palavra, uma folha caída e é o suficiente para nos trazer uma irremediável precisão de chorar. E quando choramos não sabemos bem porque o fazemos, é só a tristeza a tomar conta de nós.


O sofrimento pode ter sentido, transforma-nos por dentro. Meu Deus, fazei que assim seja. Dai-nos a paciência e uma pequena esperança. Ajudai-nos a aceitar quem somos. Salvai-nos da confusão. Obrigai-nos a prosseguir, porque ignoramos.

sexta-feira, julho 04, 2003

Muitas vezes sou ( ou sinto-me ) como a personagem desta música!Oh hey!  

Hand in my pocket
I'm broke but I'm happy
I'm poor but I'm kind
I'm short but I'm healthy, yeah
I'm high but I'm grounded
I'm sane but I'm overwhelmed
I'm lost but I'm hopeful baby
What it all comes down to
Is that everything's gonna be fine fine fine
I've got one hand in my pocket
And the other one is giving a high five
I feel drunk but I'm sober
I'm young and I'm underpaid
I'm tired but I'm working, yeah
I care but I'm restless
I'm here but I'm really gone
I'm wrong and I'm sorry baby
What it all comes down to
Is that everything's gonna be quite alright
I've got one hand in my pocket
And the other one is flicking a cigarette
What it all comes down to
Is that I haven't got it all figured out just yet
I've got one hand in my pocket
And the other one is giving the peace sign
I'm free but I'm focused
I'm green but I'm wise
I'm hard but I'm friendly baby
I'm sad but I'm laughing
I'm brave but I'm chicken shit
I'm sick but I'm pretty baby
What it all comes down to
Is that no one's really got it figured out just yet
I've got one hand in my pocket
And the other one is playing the piano
What it all comes down to my friends
Is that everything's just fine fine fine
I've got one hand in my pocket
And the other one is hailing a taxi cab...

Alanis Morissette


terça-feira, julho 01, 2003

tired. 

Apetece-me matar alguém ou matar-me. Não, não é diferente. Tudo vai dar ao mesmo sítio, depende é do caminho. Há quem dê voltas em redondo e para esses sim, talvez seja diferente. Tenho a nítida sensação que, ao contrário do ano passado, estas férias de Verão vão ser uma bela porcaria. Sem ser a Raquel, sou a última a acabar os exames por isso, enqunto eu ainda estiver a marrar para Sociologia (talvez) a Andreia já vai estar a apanhar banhos de sol na Barra e a Nélia na Figueira. Oh yes! Lá se vão as tardes de piscina. Sim, já que não posso morrer por enquanto, será que não posso ficar a dormir até daqui a 4/5 anos?
Missing.

the one. 

YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.YOU ARE THE ONE I NEED.


THE ONE...

segunda-feira, junho 30, 2003

Sós. 

Sós,
irremediavelmente sós,
como um astro perdido que arrefece.
Todos passam por nós
e ninguém nos conhece.

Os que passam e os que ficam.
Todos se desconhecem.
Os astros nada explicam:
Arrefecem

Nesta envolvente solidão compacta,
quer se grite ou não se grite,
nenhum dar-se de outro se refracta,
nenhum ser nós se transmite.

Quem sente o meu sentimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem sofre o meu sofrimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem estremece este meu estremecimento
sou eu só, e mais ninguém.

Dão-se os lábios, dão-se os braços
dão-se os olhos, dão-se os dedos,
bocetas de mil segredos
dão-se em pasmados compassos;
dão-se as noites, e dão-se os dias,
dão-se aflitivas esmolas,
abrem-se e dão-se as corolas
breves das carnes macias;
dão-se os nervos, dá-se a vida,
dá-se o sangue gota a gota,
como uma braçada rota
dá-se tudo e nada fica.

Mas este íntimo secreto
que no silêncio concreto,
este oferecer-se de dentro
num esgotamento completo,
este ser-se sem disfarçe,
virgem de mal e de bem,
este dar-se, este entregar-se,
descobrir-se, e desflorar-se,
é nosso de mais ninguém.


António Gedeão



sábado, junho 28, 2003

Em sonhos é sábido, não se morre. 

Eu costumo dizer que andam por ai a matar-nos os sonhos e hoje, mais uma vez, tive essa confirmação. De repente, o mundo é justo e nós somos pássaros livres. Quando for grande, vou ser como tu. Juro. Assim, mesmo como tu. Devia ser permitido bater nas pessoas que se esqueçem de nós. Eu nunca me esqueço de ninguém, é verdade. Deus só leva os que mais ama, só Deus tem os que mais ama. Ou porque é que achas que não te tenho a ti? Talvez um dia te encontre. Vou fazer um brinde ao Verão do ano passado. Um brinde a nós. Há dias estupidamente felizes, dias como aqueles. Há pessoas que foram feitas para se cruzarem no nosso caminho. Outras há que não tem capacidade de amar. Vou aprender a deixar de passar o dia inteiro a cantar. A culpa de eu ser péssimista não é, necessariamente, minha; é da vida, é tua, e nossa, é dos que nos matam os sonhos e dos que me cortam as asas que me permitem ser livre e feliz, estupidamente feliz, como aqueles dias e aqueles músicas que nos põem a dançar ao primeiro acorde e nos estapam um estúpido sorriso. Um dia mostro-te como andaste errado dps, no outro, entrego-te a tua inutilidade prene. Áz vezes gostava de voltar a ter cinco anos, ser ingénua como naquela altura. Nunca pensei que viver tivesse um preço tão elevado que doesse, como dói agora. Pergunto e pergunto-me, frequentemente, o que andarei a faze neste mundo podre. Eu não pertenço a geração Y, pertenço a mim, e a ti. Grito e clamo por aqueles que sei que jamais virão. Tenho saudades dos meus amigos. E de andar de bicicleta. Sei que é preciso voltar a sonhar e a pensar e amar. Mas, sim, eu não acredito em amor. Amar é tolerar, perdoar, aceitar. Amar é dar, partilhar. O amor, esse, tem um nome, o teu. É tempo de avançar, decidir. Agora a sério...chamo-me Andresa e, ao contrário que poderiam pensar, não sou nem artista, nem cantora, não. Sou alguém que, como tu, anda, ás vezes apressa-se, corre e acaba por cair. Alguém a quem assalta o perigo e olha para trás, que dúvida, que erra. Que vive.

o vento enfim parou... 

...e já tudo pode ser tudo aquilo que parece

sexta-feira, junho 27, 2003

Eu.Tu.Os outros. 

Guardo-te em mim, ainda. De manhã acordo e susurro-me que me quero desfazer de ti. Invento artimanhas, desenho sonhos com lápis de cera. Mas logo bastam os outros para que me lembre de ti, para que faça comparações em que tu és o superlativo. Magoo-me sem de mim ter pena, dizes. Em momentos de fúria grito por ti. Olho para o meu telemóvel e espero que uma mensagem tua invada o visor, mas nunca chega. Tu não chegas, só partes. Sempre. Tu a ires e a vires, mas nunca a ficar. Tu sabes lá...

segunda-feira, junho 16, 2003


quarta-feira, junho 04, 2003

é tempo de avançar...

domingo, junho 01, 2003

Aqui onde a noite ganha ao dia,
onde a morte tomou a vida.

Aqui onde o silêncio calou a alegria
e onde as lágrimas destornam os nossos sorrisos.

Aqui onde o tempo já acabou
porque até isso já não nos é possível agarrar.

Aqui...onde nos matam os sonhos um a um,
da forma mais dolorosa

Aqui...ainda se ama, devagarinho.

domingo, abril 27, 2003

E eu que tinha tantas coisas para dizer...

quinta-feira, abril 24, 2003

Há uma semana estavamos nós a regressar e eu estou com imensas saudades daquela semaninha, talvez a mais feliz da minha vida ou não fosse passada com vocês.
Tenho saudades de acordar com os vossos berros e com a música do Quim Barreiros com o volume no máximo vinda do quarto em frente.
Tenho saudades de quando demoravamos 2 horas a maquilharnos para sairmos.
Tenho saudades de ver a cara dos rapazes fartos de esperar por nós, mas sempre sem refilarem e com um sorriso enorme.
Tenho saudades dos nossos jantares a rir.
Tenho saudades das sessões fotográficas.
Tenho saudades das lutas de almofadas e cobertores.
Tenho saudades dos passeios pela praia.
Tenho saudades de saltarmos todas para cima da cama.
Tenho saudades de correr 2 km's as 5 da manhã.
Tenho saudades dos batidos antes de irmos para Tropics.
Tenho saudades de acordar de manhã e ver a Raquel vestida na cama ao lado.
Tenho saudades de vocês. Imensas.

Adoro-vos muito. Nunca se esqueçam disso, por favor! :)
Agora já não tenho medo de nada. Nem de te amar, não.
Amor - Heróis do Mar
Ai este caminho em flor
Cheio de sol
Perfumado com o nosso amor

Quando a tua mão e a minha
Trocam doçuras
Num calor eterno de ternuras

REFRÃO:

O amor não me mataste o desejo
O amor com o teu primeiro beijo

Quando a tua mão e a minha
Trocam delícias
Num calor eterno de carícias

REFRÃO

Oh amor não me mataste o desejo
Oh amor com o teu primeiro beijo



[ ;))))))))))))))))))) ]

domingo, abril 20, 2003

Aos 18 anos tomei uma decisão que não sei se é importante ou não: não vou mais ser tua amiga. Não quero. Não posso. Até hoje, nunca retirei nada de bom ou positivo da nossa amizade. Tu sempre ganhaste. Eu ganhei preocupações, dores de cabeça, noites mal domidas, horas de sono. O resto, perdi-o.Tudo. Nunca estiveste nos momentos que eu precisei. Nunca, pelo contrário. Sempre fizeste o favor de virar as costas. Burra sou eu. Morre longeeeeeeeeee!

(continua...)

sexta-feira, abril 18, 2003

Cheguei ha poucas horas da minha viagem de finalistas e tenho tanta coisa para contar que nem sei bem por onde começar ou se hei-de guardar as emoções todas para mim, como um tesouro. De uma coisa posso ter a certeza esta semana ficará marcada para sempre na minha vida. Prometo que vou contar umas coisinhas aqui mas, primeiro queria agradecer á Andreia, á Nélia, á Raquel, á ao Marcelo, ao Bruno, á Ramona e à Joana. Por tudo. Pelo bolo, pela festa surpresa e porque vos amo e amarei sempre muito!
Estou na fronteira. Daquilo que sou e daquilo que quero ser. Do que sonho e faço. Do que digo e medito. Encontro-me no limite de tudo. De nós. Fazer 18 é uma coisa insuspeita, não sei bem explicar. É como uma fronteira. E eu quero que seja mesmo assim. O passado ficou lá atrás e para a frente é que é o caminho. Prometo que farei um esforço para que realmente assim seja, porque quero e porque desejo imensamente que as coisas assim sejam. Quero poder dar a volta ao medo e ao mundo, ser diferente, para melhor. A verdade é que aquilo que há em mim e cansaço, de tudo. Acho que de tudo. Mas, e principalmente, de injustiças e ingratidões e desta vez é para valer. Acho mesmo que mudei com tudo isto. Melhor, tenho a certeza. E não há tempo a perder, só a ganhar. Daqui nada faz-se cinza da brasa e eu quero renascer como esse fogo que não cansa e não passa.

terça-feira, abril 08, 2003

Assimilação precoce...uaaaaahhhhhuuahhhhhh
A prima da minha melhor amiga é a melhor amiga da namorada do meu melhor amigo.
Cheguei ha pouco tempo a esta conclusão...ele há coisas O_o
crazy days....
07:25 - alvorada!
7:30 - banheira
7:45 - vestir,secar cabelo...
8:00 - pequeno-almoço
8:10 - lavar dentes, acabar de arranjar
8:20 - sair de casa
8:30 - portão do liceu
8:32 - história, ter 19,4 =) no teste
9:20 - patio.dar os bons dias aos meus amores.contar os sonhos da noite anterior
9:30 - português.auto-avaliação.passar o resto da aula a escrever
10:20 - fila para a senha.fila no bar.comer.patio com o ppl
10:35 - socilogia.as elites e os movimentos sociais.a sua relação e inter-acção com a mudança social
11:25 - novamente para o pático com os amigos.apanhar sol
11:35 - matemática.intervalos de monotonia e extremos de uma derivada.primeira derivada
12:25 - patio.falar de lloret
12:35 - T.O.E. amortização.excercicios práticos
13:25 - sair.despedir do pessoal.fazer-me ao caminho
13:35 - chegar a casa
13:45 - almoçar
14:10 - arranjar
14:20 - ginásio.suar até cair para o lado
16:15 - chegar a casa.comer um iogurte ( a pressa )
16:50 - a caminho da explicação de matemática
17:00 - expliação de matemática.intervalos de monotomia.extremos relativos
18:20 - chegar a casa.conversa com a mae
18:40 - compras
19:15 - passear a pé, já com o sol a por-se
19:45 - chegar a casa.net.ver mail.teclar um bocadinho no mirc
20:00 - abdominais.bicicleta.
20:15 - banheira de espuma a trnasbordar
20:40 - na net outra vez
21:15 - jantar
22:00 - fazer trabalhos de casa.arrumar as coisas para amanha
22:30 - televisão.saber mar.operação trinunfo
23:15 - arranjar para ir para a cama.azaranhar
24:00 - finalmente na cama.sonhar.
..........
........
......
...
..
.
7:30 - ALVORADAAAAAA! e começa tudo outra vez...

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