<$BlogRSDUrl$> Meu humor atual - i*Eu

sexta-feira, julho 12, 2002

hoje mandei um duende procurar-te....espero que te consigo encontrar, e que te traga até mim. ainda não percebeste que me fazes falta?ai se fosse agora! talvez as coisas não tivessem sido assim.eu jamais teria me deixado ir por essa tua simpatia e generosidade compulsivas. não, não foi a isto que me habituadaste.ora bolas para ti
Haverá algo mais subjectivo que o amor? Porque é que nos apaixonamos por aquela pessoa e não por putra qualquer? A pergunta é muito interessante e tem ocupado escritores, poetas e artistas durante milénios, sem que ninguém até hoje tenha arranjado sequer uma pista. O amor romântico quando acontece, acontece mesmo e não há como o fazer parar.
No seu livro "Emotion: The Science of Sentiment", Dylan Evans, um investigador do departamento de filosofia do famoso King's College de Londres, apresenta um estudo onde aborda as emoções de uma forma geral e também o amor romântico. As conclusões são surpreendentes... Fiquem por aí e verão como aquelas paixonetas de Verão afinal fizeram todo o sentido.
Como sabemos e sentimos, o amor não se define. Será? Evans não é da mesma opinião e depois de analisar diversas culturas diferentes, avança a seguinte teoria: " O amor é a combinação de uma fortíssima atracção sexual em relação a outra pessoa, aliada a sentimentos de angústia e sofrimento na ausência dessa pessoa e uma alegria intensa quando essa pessoa está presente" ( Ó Evans, isso já a gente sabia).
Ou seja, e aqui as coisas começam a aquecer, o amor é uma emoção, como é o perigo ou a raiva. Mas se o sentido de perigo é bastante útill e acontece em todos os animais ( se não experimentássemos perigo, de certeza que nos atirávamos de um penhasco abaixo ou sáltavamos para dentro de uma fogueira na maior das calmas), para que serve o amor romântico? O que é que nós ganhamos em nos apaixonar por outra pessoa? Será que não é qualquer coisa de meramente cultural, isto é, será que se nunca tivéssemos ouvido falar do amor, nos apaixonaríamos por alguém?
A resposta é: SIM!
( mas se calhar não é aquilo que estão a pensar)

Convém perceber que nós, ilustres seres humanos, estamos 'programados' para salvar a pela ( já Darwin veio dizer que só os mais fortes sobrevivem). Cuidar de nós mesmos e evitar entrar em sarilhos dos quais não poderemos sair faz parte daquilo que temos de mais primitivo. Felizmente, o longo processo evolutivo despertou-nos sentimentos éticos e morais e por isso é que não andamos todos à batatada a toda a hora. O amor pode parecer irracional, no sentido que não ganhamos nada com ele, mas é vital para o processo de arranjarmos um companheiro e assim contribuir para que a espécie não desapareça da face da Terra.
Ou seja, se calhar os sentimentos amorosos são gerados porque nós precisamos de acreditar que aquela pessoa ficará connosco e não se vai escapar à primeira oportunidade. Acreditamos nisso quando existe amor! Claro que a vidinha não é assim tão linear e é perfeitamente possível dar a tanga.
Em conclusão,o amor, ao contrário do medo ou da raiva, não é uma emoção primária ( não existe uma expressão típica do amor,como existe do medo), mas também não é qualquer coisa de perfeitamente racional e controlável. Os nossos genes andam à solta e pelos sinais que apreendem do outro,' dizem-nos' que aquele é que é. Os sucessivos falhanços, aqueles que não dão certo, fazem apenas parte do processo de tentativa e erro, até chegarmos ao eleito que será o pai dos nossos filhos. E pronto, está tudo explicado! ( estará?!).

This page is powered by Blogger. Isn't yours?