<$BlogRSDUrl$> Meu humor atual - i*Eu

sexta-feira, dezembro 13, 2002

Há pessoas mais interessantes do que possamos pensar.
. . .
Estou com imensa vontade de comprar uma saia de pregas, ao xadrez. Na Mango há uma linda, por cima do joelho e em tons de azul. Vou tornar a ter 7 anos na minha figura de criança frágil de meias até ao joelho e tranças no cabelo.

quinta-feira, dezembro 12, 2002

"Que silêncio escutas tão atentamente que não dás por mim ? "



Assusto-me ao pensar que as noites são iguais e que vou ter que as atravessar, uma a uma, sozinha. Estranho só agora ter reparado numa coisa tão óbvia. Que uma noite antiquíssima se sucede igualzinha à outra desde sempre, que tenho diante de mim uma enorme massa informe e vazia onde tudo desaparece, que nem sei quem sou, inconsciente. Faço conjecturas teológicas para me explicar esta escuridão, esta falta de sentido. Deus ter-se-á esquecido desta sua obra por ter começado outra? Ter-se-á fartado das suas pretensiosas criaturas e começado tudo de raiz noutro sítio? Sentir-se-á arrependido e triste e impotente depois de cometidos crimes tão monstruosos e sem coragem de nos dizer de sua franqueza? Será bom e justo mas já incapaz de impor a sua justiça depois de muitas tentativas falhadas, um Deus cansado e velho que os filhos ignoram e deixam de visitar? De cada vez que começo a pensar nisto há sempre um ponto a partir do qual deixo de pensar no que quer que seja, em que os juízos se atrapalham uns aos outros, confundindo-me. Sinto invadir-me uma melancolia de outros tempos em que acreditar era mais fácil. Ou talvez não, talvez me engane, talvez tenha sido sempre assim, do mesmo modo absurdo. O que sei é que sozinhos nos invade um terror agudo que nos imobiliza os membros e a vontade e que os outros se encontrem na mesma situação não chega para dar o alento mínimo indispensável. Sozinhos numa solidão universal, que pavoroso panorama. Será certamente a causa por que a distracção deixou de ser um complemento agradável no decorrer dos dias para se tornar numa questão de sobrevivência e o seu valor monetário subir em flecha. Precisamos urgentemente de nos enganar com o que quer que seja, de fugir à brutal realidade das coisas, de entrar em zonas que nos poupem a lucidez. Adoecemos rapidamente de não formos entretendidos. O amor entra aqui como água em terra seca, um substituto em tempos indigentes, de grande insuficiência, o que nos resta. Mas é um amor em sobressalto, fugidio, instável. Um amor que mete muito medo, medo de irremediavelmente nos perdermos, de não nos voltarmos a encontar senão mais sozinhos, não podermos ou não querermos continuar e ficarmos pior do que estávamos no começo. Não sei o que me deu para me pôr a pensar nisto. Se ao menos ajudasse. Os pensamentos convertem-se noutros meros pensamentos e em volta tudo se cala.

quarta-feira, dezembro 11, 2002

huh???!!!! que português...se o meu prof visse isto agora...não me reconheceria...eu, a sua melhor aluna. eu , que tive 20 e 19,7 nos testes! Jasus!!!!!!!! ok...as fazes de alta são assim... ( o amigo de um suicida é sempre um potencial suicida, disseram-me. agora, sinto-o. cada vez mais) histérica-neurosténica...eu saio de casa qd ainda é de noite. vejo a chuva a cair no meu guarda-chuva transparente. ando aos saltinhos para não pisar as poças. vejo nas montras o reflexo das minhas luas. uso ocolus de sol. ultrapasso toda a gente. apanho molhas. estou sempre a cumprimentar os milhões de conhecidos. sinto falta dos meus amigos.faço escandalos. como rebuçados de café. desenho nas mesas...eu sou mesmo assim, uma criança que se esqueçeu de crescer....alguém que passará pela vida com uma rajada de vento... e é so isso que eu quero ser.
Já escrevi a minha carta ao Pai Natal. Quando a receber, se chegar a receber, vai vir a correr ter comigo. Sim, porque o Pai Natal tem sempre tempo para toda a gente e paciência e uma compreensão feita de infinito. Depois, vai-me abraçar e dizer que tudo vai ficar bem e bater certo. Se isso ainda não aconteceu é porque o momento não o proporcionou. Btw, os beijos na testa do J. fazem-me muito bem.

terça-feira, dezembro 10, 2002

Eu hei-de crescer, sim. Serei importante, conhecida, e muito feliz, tanto a nível pessoal como profissional. Tu não passarás do demente que hoje és.
Eu hei-de crescer, sim. Serei importante, conhecida, e muito feliz, tanto a nível pessoal como profissional. Tu não passarás do demente que hoje és.

segunda-feira, dezembro 09, 2002

Porquê tudo isto? Cada vez mais preciso de algo a que possa agarrar sempre que sinta a vida a fugir por entre os dedos.

Segundo um estudo de psicologia, para o qual eu fui voluntária, acerca da personalidade "vista" através da caligrafia, os resultados foram (mais ou menos) os seguintes:
personalidade forte e vincada, dificilmente influenciável, péssimista, reservada, divertida, inteligência emocional bastante elevada, grande intuição, grande equilíbrio emocional, alguma teimosia. A letra milimétricamente certa denota um carácter contestário, bem como doce e compreensivo, etc, etc, etcg

domingo, dezembro 08, 2002

"(...)
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar..."

Alberto Caeiro in o Guardador de Rebanhos ( poema II)

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