<$BlogRSDUrl$> Meu humor atual - i*Eu

sábado, dezembro 07, 2002

Daniel,
Alguma vez te disse que te adoro? Muitas...sei que muitas. Mas quero dizer-te mais uma vez, para que nunca, mesmo nunca, tenhas dúvidas disso. Sempre foste o meu maior orgulho e nem sabes o quanto sofro ter-te longe de mim. É dificil termos fora de nós as nossas partes fundamentais. Incrivel como eu estive cega, como devia ter acreditado em ti. Queria-te tanto aqui para poder sentir as minhas lágrimas no teu ombro. O mais seguro que alguma vez conheci. Sei que bastava dizer-te "vem" para tu chegares aqui a voar. Mas desta vez não posso, tenho vergonha. Tu avisaste-me, eu é que fui parva demais. Ultrapassei os limites, cheguei-me a zangar contigo por defender uma coisa que hoje sei ser mentira. Algo que, neste momento, apenas me faz gritar enquanto sei que ninguém me pode ouvir. Passeio sozinha. Óculos de sol e luvas vermelhas. Passo pelos sítios a que tu me levarias. Procuro não ver ninguém. Sinto-me nua, despida. Sinto como se me tivessem tirado todas as minhas coisas, descoberto todos os meus segredos. Só tu entenderias o que me sufoca. No entanto ainda há quem diga que eu não deixo ninguém aproximar de mim, mal sabe ele que
eu dei tudo o que tenho. Talvez não suponha que eu sou tão pequena, que o meu mundo se resume a tudo aquilo que lhe contei. É injusto...dirias tu. As pessoas não sabem aceitar a pequenez do meu mundo, não conseguem ver que sou só *isto*. Tu compreendes, tu sabes o que eu valho, conheces-me os passos como ninguém, lês-me a alma de forma intuitiva, mas, por favor, não me digas " Eu bem de avisei". Não estou preparada para isso. Talvez nem te vá a dizer o que está a acontecer, tenho vergonha, como te disse. Vergonha da minha ingenuidade, vergonha de não ter aprendido com os erros. Tu também não aprendeste e não é isso que faz de ti melhor ou pior, não é? Acho que nisso que somos bastante parecidos, tentamos dar uma segunda oportunidade, temos a esperança que as pessoas e até a própria vida possa ser mais justa. As vezes chego a pensar que nós é que estamos mal. Talvez um dia chegaremos a essa conclusão. Mas se essa é a verdade porque não a vimos já? Assim escusamos de nos andar a enganar a nós próprios. Não, não me arrependo. Nem disto, nem de nada. A pior coisa que podemos fazer a nós mesmos é martirizarmo-nos pelas coisas que não fizemos. Será sempre assim. Eu escolhi A, mas ficarei sempre na duvida se não seria melhor ter escolhido B. Lamento tanto, tudo. É dificil passarmos a vida inteira a compreender os outros e não nos compreenderem.
Se hoje morresse, sete pessoas chorariam por mim. As únicas que interessam, as que verdadeiramente importam. Sabes, a morte é sempre uma boa escapatória para os problemas. Seria tão bom que cada vez que nos sentissemos a perder as forças pudessemos apertar o gatilho e em fracções de segundo estivesse tudo acabado. Era tão bom que a morte nos salvasse do inferno que nós próprios criámos. Mas não. Não é isso que quero para mim, por enquanto. Gosto de sentir o sol entrar pela janela semi-aberta. Além disso, amo-vos tanto que, jamais, me imaginaria a fazer-vos sofrer tanto. Não seria justo. Vocês não têm culpa dos meus erros, muito pelo contrário. Se são menores e menos frequentes as únicas pessoas a quem eu tenho que agredecer é a vocês.
Sinto-me melhor, sim. Obrigada. Por tudo.
"Marie" ;))) *

quarta-feira, dezembro 04, 2002

Voltas?!

(estou á espera...á espera que o relógio ande para trás...)

e eu que tinha prometido a mim mesma nunca mais escrever aqui. Aliás, já tinha voltado a escrever no meu caderno de folhas recicladas coloridas com uma caneta com cheiro de morango. Aguenta-te! Faz um esforço! Btw, amanhã será o meu funeral...
....e eu sou alérgica a baunilha.
Cheiro a baunilha... é isso, tu cheiras a baunilha.


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