<$BlogRSDUrl$> Meu humor atual - i*Eu

sábado, novembro 30, 2002

Se há coisa que eu detesto são, sem dúvidas, as despedidas. Por isso quero só dizer-vos [ sei que ninguém ouve, nem nunca ouviu isto ] até já. Não adeus. Adeus é uma palavra forte que as pessoas frageis como eu não devem usar. Não posso deixar de dizer, também, que foi um enorme prazer. Mas para isto, sempre tenho as paredes do meu quarto forradas ás estrelinhas cintilantes.

sexta-feira, novembro 29, 2002

Pouco a poucas vais-me expulsando da tua vida. Com avanços e recuos, é um trabalho árduo. Eu por mim não me mexia, deixava que a morte me surpreendesse em qualquer parte. Mas tu aindas estás cheio de vida, não deixas que o meu peso estorve o teu caminho. Eu concordo. Prometo nada fazer que impeça o livrares-te de mim. Mas é muito dificil pensar em ti no tempo passado. É um mistério tão grande o não saber onde ficam os nossos gestos, não poder enfim voltar a ouvir as palavras doces. Por vezes julgo que enlouqueço , que estou muito perto disso, e tenho de acender todas as luzes, levantar-me, ver o meu corpo a prosseguir de um lado para o outro. É tão dificil concentar-me, impedir que os pensamentos corram sem direcção nem sentido, me surpreendam em insinuações tão dolorosas. Tomo comprimidos. Mesmo antes da dor chegar, tomo comprimidos. O pavor de nada voltar a acontecer invade-me. Agarro uma almofada, o tecido fresco sobre a cara oferece um pequeno alívio que logo se dissipa. É preciso saber que nada dura, nem isto, acreditar nisso com muita força, deixar que os olhos fiquem fechados. De manhã é mais fácil. Há o ar da manhã. Há o café quente. Há o sofrimento dos outros por todas as esquinas espalhado. Nem estás sozinho nisto, nem vales quase nada. Tens a tua vida normal que exige ser vivida. Sentes culpa de não seres de outra maneira, de não poderes, de não tentares o suficiente. Perdes perdão alto como se Deus existisse e te ouvisse, um Deus que serviria as tuas conviniências. Mas não, ele não te ouve. A ti não ouve. O começo das Variações de Goldberg vem provar que continuam a existir coisas perfeitas, pelo menos para os ouvidos, e acabo por sorrir com uma piada do género embora me pareça um escândalo voltar a sorrir. É vida a passar de qualquer jeito, a passar por entre os finos dedos da morte.
Há zonas da cidade que evito, uma série de restaurantes onde não penso voltar. Tenho muito medo de te encontrar. Só ou acompanhado, tanto faz. Mintoo. O ciúme ataca a horas incertas mesmo muito depois de se julgar acabado. Muito medo de não poder saber de antemão o que vou sentir, como vai ser, não poder antever o golpe. O medo de todas as palavras ridículas, e todas elas serão ridículas, de todos os gestos desajeitados, e não haverá nenhum que possa reclamar como meu. Medo de ficar a pensar violentamente em ti durante horas, sabe-se lá onde, sem conseguir regressar ao normal correr do tempo. Uma intromissão que exige o álcool que se põe, embebido em algodão, na ferida que reabriu para que de novo arda, palavras aflitas de uma conversa em que só eu estou de facto interessada e vou aumentando aparada provocando a memória até que me faça doer. E depois o regresso a casa com o corpo anestesiado, a música aos berros, a vontade de que tudo se desfaça no instante para o qual falta a coragem. Chegar a casa e agarrar nas tuas fotografias até me virem os vómitos, as lágrimas, que explusem de mim o que guardo no mais fundo e me traz a vida vazia e inútil. Tenho tanto medo de te encontrar que mesmo nunca te encontrando estás mais presente que todos os que vejo girar á minha volta.
Senta-te aqui e mostra-me o teu mundo. Apoia a tua cabeça no meu ombra e fala-me das tuas mágoas.


quinta-feira, novembro 28, 2002

O J. fica tão lindinho a dançar "Las Ketchup"... e a sorrir para mim e a perguntar-me qual a fórmula do PIB a custos equilibrados...

quarta-feira, novembro 27, 2002

"-Tás crescida miúda! Quem te viu, e quem te vê...
-ohhhh...até parece...
-Lembro-me de ti mais novinha, de cabelo mais curto e esticado cheio de ganchos coloridos, calças de ganga largas, t-shirt aos bonecos, sapatilhas coloridas ( que não altura ainda ninguém usava), mochila de pano, com bordados, ás costas. Sempre de phones nos ouvidos. Tinhas um discman muita giro, todo pintado e com autocolantes. Usavas um brinco diferente em cada orelha e andavas sempre cheia de pulseiras de plástico coloridas.
-Eu era assim?!
-Não te lembras? Eras... e estavas sempre a falar de política e andavas sempre no meio da rua a ler livros. Eras muito tímida e isso dava-te um charme que nem te passa....
-Era muito tímida?
-Muito!
-Mentiroso...
-E também eras muito misteriosa...eras muito diferente....
-Olha que eu vou por isto no meu blog!
-Põe..vais ver que poucas vão ser as pessoas que acreditam que tu foste assim.."

Pessoal, eu já fui MESMO assim...

terça-feira, novembro 26, 2002

Um dia gostaria que alguem se referisse a mim da mesma forma que ele se refere ás amigas.
Sou uma criança perdida que agarra, com toda a força, uma bola colorida. Tu amas-te mulheres. Ás crianças faz-se sorrisos, festinhas e brinca-se com elas de "esconde-esconde". Tu amas-te. Eu amo a vida. Eu passo por desconhecidos e sorrio-lhes vagamente, tu baixas a cabeça. Eu tenho sonhos. Tu realiza-os. Eu tenho medo do escuro, tu só gostas de estar com as luzes apagadas. Tu amas mulheres. Eu sou só uma criança que não tem pressa de crescer.
Eu já sei quem sou, tu é que pareces não fazer caso em te encontrar.

segunda-feira, novembro 25, 2002

Outro dos prazeres da minha vida é estar contigo, ó parvinho, não se vê bem? E falar contigo... e dançar contigo...e brincar contigo...e discutir contigo... e implicar contigo...e saber que sei tudo sobre ti.... e que tu sabes tudo de mim...obvio que podes contar comigo e obvio que vou ser tua amiga para sempre. Deixaste-me triste com aquela conversa. Os amigos ocupam sempre o lugar mais generoso no nosso coração, até parece que te esqueceste disso. E eu lembro-me sempre de ti e sempre me irei recordar de ti com um sorriso enorme. vi-te no domingo .gritei-te. fiz adeus. telefonei-te. mas nada, não me viste, não ouviste e não atendeste. e errrrrrr sim, ainda és o meu melhor amigo, como se isso fosse assim tão fácilmente mutável! obrigada por confiares em mim. love ya*
Os homens, principalmente os rapazes mais novos, tem uma atracção especial por ruivas. Descobri isso cedo. Foi por isso que escureci o cabelo. fujammmmmmmm!!!!!!!
Eu bem quero contrariar o destino, mas ele insiste em mostrar-me aquilo que eu não quero ver.

domingo, novembro 24, 2002

A digital love?

....eu diria antes um amor portátil....

This page is powered by Blogger. Isn't yours?